Assim como aconteceu em grande parte da temporada passada, o Flamengo terá que jogar como mandante no início de 2017 longe do Rio de Janeiro. Com o Maracanã fechado por causa da polêmica da concessionária que administra o estádio com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e a reforma do estádio Luso-Brasileiro, onde o clube passará a atuar, a estratégia da diretoria é viajar pelo Brasil.

Assim, até a Prefeitura de São Paulo já manifestou o desejo de que o Flamengo jogue no estádio do Pacaembu, como fez no Campeonato Brasileiro de 2016. E a estreia oficial na temporada será na Arena da Dunas, em Natal, contra o Boavista, pelo Campeonato Carioca. Estas viagens preocupam o volante Willian Arão, que vê como “complicada” a situação.

“Como jogador não falo muito sobre isso. Sou pago para jogar, independente do lugar. Todos sabem que é ruim o deslocamento, poderíamos jogar em casa. Mas a diretoria que resolve. Não conhecemos o gramado, é complicado, mas somos pagos para jogar e temos que ganhar”, afirmou o jogador em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no CT do Ninho do Urubu, após a reapresentação do elenco.

No último sábado, o Flamengo disputou um amistoso contra o Vila Nova, em Goiânia, e foi derrotado por 2 a 1.

Quem não jogou por estar fora de forma foi o volante Rômulo, contratado junto ao Spartak Moscou, da Rússia. Willian Arão vê com bons olhos a disputa por vagas no time titular entre ele, Rômulo e outros jogadores. “Eu vejo da melhor maneira possível. É um baita jogador, assim como é Marcio Araújo, Cuellar, Ronaldo. Questão de adaptação, de treinamento, se conhecer no dia a dia para poder administrar. Jogar com dois jogadores mais soltos, ou dois mais fixos”, comentou.

Antes da estreia do Flamengo, Willian Arão terá um outro compromisso pela seleção brasileira. Será o amistoso contra a Colômbia, no estádio do Engenhão, no Rio – toda a renda líquida será repassada à Chapecoense, que utilizará o dinheiro para indenizar os familiares dos jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes.

O volante lembrou que o técnico Tite, da seleção, foi o seu primeiro comandante no futebol profissional (no Corinthians) e disse ainda guardar ensinamentos daquela época. “Um sonho sendo realizado, estou muito feliz. Fruto do meu trabalho também. Vou me preparar da melhor maneira possível para chegar no jogo, fazer uma boa apresentação e honrar a camisa. (Tite) foi o meu primeiro técnico profissional. Aprendi muito com ele. Muitos ensinamentos que carrego até hoje. Sou muito grato, como sou com todos os treinadores que me ensinaram. Por ser o primeiro, guardo muito mais coisa. Sou muito grato sim”, completou.