Nesta segunda-feira, 1º, data em que o ‘Jornal Nacional’ celebra 56 anos, William Bonner anunciou que deixará a bancada do telejornal. Com 29 anos à frente da apresentação e 26 anos como editor-chefe, ele se consolida como o apresentador mais longevo da atração.
Bonner seguirá no comando até 3 de novembro, quando César Tralli assumirá a bancada ao lado de Renata Vasconcellos. A mudança faz parte de um processo de transição planejado cuidadosamente pela Globo e pelo jornalista nos últimos cinco anos.
A partir de 2026, Bonner deixará suas funções executivas e a rotina diária do Jornal Nacional para se dedicar ao ‘Globo Repórter’, onde trabalhará ao lado de Sandra Annenberg. A decisão busca reduzir sua carga de trabalho, permitindo mais tempo para a família e projetos pessoais.
No cargo de editor-chefe, Cristiana Sousa Cruz, atual editora-chefe adjunta e parceira de Bonner há seis anos, assumirá a liderança da equipe responsável pelo telejornal.
Outras alterações também marcarão a grade jornalística da emissora: Roberto Kovalick passará a apresentar o ‘Jornal Hoje’, enquanto Tiago Scheuer comandará o ‘Hora Um’, telejornal matinal da Globo.
Leia a declaração de Bonner na íntegra:
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Quem já apresentou o ‘Jornal Nacional’?
Desde sua estreia em 1º de setembro de 1969, o Jornal Nacional construiu uma trajetória marcada por profissionais inesquecíveis em sua bancada. Em 3 de novembro, mais um jornalista se juntará a esse seleto grupo: César Tralli assumirá o lugar de William Bonner, que passará a comandar o Globo Repórter.
Bonner, que liderava o telejornal como editor-chefe desde 1999, tornou-se o âncora com mais tempo de atuação no programa, acumulando 29 anos à frente da bancada desde 1996. Antes dele, o recorde pertencia a Cid Moreira (1927-2024), que marcou presença desde a primeira edição do JN até 1996, somando 26 anos no ar.
Outro nome histórico é Hilton Gomes (1924-1999), que também esteve na estreia em 1969. Após dois anos, deixou o posto e foi substituído por Ronaldo Rosas, cuja passagem durou apenas um ano.
Em 1972, Sérgio Chapelin entrou para formar, junto a Cid Moreira, uma das duplas mais memoráveis do jornalismo brasileiro. Eles permaneceram lado a lado na bancada até 1983 e foram pioneiros em várias inovações tecnológicas, como o teleprompter e a transmissão em cores.
Quando Chapelin se afastou em 1983, Celso Freitas assumiu seu lugar, enquanto Moreira seguiu na bancada. A dupla Cid e Chapelin retornou em 1989, permanecendo junta até 1996.
Naquele ano, o então diretor de jornalismo da Globo, Evandro Carlos de Andrade, implementou uma mudança significativa: colocar jornalistas diretamente na bancada, em vez de apresentadores externos ao processo editorial. A missão foi confiada a Bonner e Lillian Witte Fibe.
Em 1998, Lillian deixou o programa para se dedicar ao Jornal da Globo, e Fátima Bernardes entrou em seu lugar. Bonner e Fátima, além de parceiros na vida pessoal, formaram uma dupla profissional até dezembro de 2011, quando Bernardes partiu para projetos solo. Patrícia Poeta a substituiu na bancada.
A última alteração ocorreu em 2014: Patrícia saiu e Renata Vasconcellos, então no Bom Dia Brasil, assumiu o posto.