ROMA, 30 OUT (ANSA) – A multinacional americana Whirlpool desistiu de fechar sua fábrica em Nápoles, na Itália, após duas semanas de protestos de trabalhadores, informou a empresa nesta quarta-feira (30). A decisão havia sido tomada no último dia 15 de outubro, após uma reunião entre executivos da companhia e membros do governo em Roma. Na ocasião, a Whirlpool alegou uma “crise estrutural”, apesar dos “grandes investimentos realizados nos últimos anos”. Em junho, o governo italiano já tinha ameaçado anular todos os incentivos que havia concedido à empresa para continuar investindo no país europeu, estimados em cerca de 50 milhões de euros desde 2014.   

O anúncio do fechamento chegou a provocar uma série de protestos por parte dos sindicatos e dos 420 funcionários da fábrica. Hoje, no entanto, a Whirlpool mudou de ideia e anunciou estar “pronta para retirar o procedimento de venda”, para não prosseguir com as demissões em Nápoles e continuar a produção de máquinas de lavar”. Em um vídeo publicado no Facebook, o ministro de Desenvolvimento Econômico, Stefano Patuanelli, ressaltou que a decisão abrirá o caminho para encontrar uma solução de longo prazo para a empresa. “É um primeiro passo para reiniciar as negociações com o objetivo de resolver definitivamente os problemas”. (ANSA)