O WhatsApp, que pertence ao Facebook, anunciou nesta sexta-feira (7) um novo adiamento da aplicação estrita de suas novas regras de privacidade que, segundo críticos, pode ampliar a coleta de dados de seus 2 bilhões de usuários em todo o mundo.

A empresa californiana já havia adiado por três meses, até 15 de maio, a implantação das novas condições de uso do aplicativo devido ao clamor de muitos usuários, preocupados com a ideia de o sistema de mensagens compartilhar mais dados com o Facebook.

O WhatsApp disse em seu site nesta sexta que não cortaria diretamente o acesso de usuários que rejeitassem os novos termos, mas que continuaria a enviar lembretes.

Essas pessoas também correrão o risco de perder alguns recursos com o tempo se não concordarem com as novas normas.

Elas podem continuar a receber chamadas de áudio e vídeo por um tempo, mas sem conseguir acessar sua lista de mensagens. Após várias semanas, não poderão mais receber mensagens ou chamadas.

De acordo com a plataforma, a atualização muda a forma como os anunciantes que usam o WhatsApp para se comunicar com seus clientes podem compartilhar dados com o Facebook.

Porém, para seus críticos, tal mudança abre a porta para uma troca de dados mais ampla com o gigante das redes sociais.

Esse contratempo em relação às políticas de privacidade do WhatsApp foi descrito pelo Facebook como um mal-entendido sobre os esforços para atrair empresas para a plataforma.

O ocorrido ilustra as preocupações atuais em torno das políticas de privacidade e proteção de dados da companhia.