O Ministério Público do Ceará (MP-CE) se manifestou após o cantor Wesley Safadão afirmar que o órgão havia pedido quase R$ 1 milhão em uma proposta para não dar andamento à investigação envolvendo ele, sua mulher, Thyane Dantas, e sua assessora Sabrina Tavares, pelo fato dos três terem se vacinado contra a Covid-19 de forma ilegal. As informações são do Splash, do UOL.

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Safadão se recusou a aceitar o valor proposto pelo MP, de 720 salários mínimos (cerca de R$ 738 mil) para o cantor e sua mulher, além de 25 salários (equivalente a R$ 27,5 mil) para sua assistente.

O órgão emitiu uma nota afirmando que o cantor havia recusado a oferta do MP, e que apresentou uma contraproposta de 50 salários mínimos (cerca de R$ 55 mil), que não foi aceita pelo Ministério Público.

“A oferta não foi aceita pelos três e, em contraproposta, os investigados ofereceram o pagamento da quantia de 50 salários mínimos (cerca de R$ 55 mil), o que também não foi aceito pelo MPCE”, diz a nota.

O MP também afirma que o valor calculado considerou “parâmetros legais e a estimativa da capacidade econômico-financeira” de cada investigado, e disse que, segundo a lei, os três precisariam confessar a irregularidade para firmar o acordo.

“Por fim, em se tratando de acordo, e considerando que o procedimento investigatório criminal não foi encerrado, as negociações ainda podem ser realizadas. No entanto, até a manhã desta sexta-feira (29/10), a defesa dos três investigados não apresentou nenhuma nova proposta. Caso não haja acordo, o processo seguirá para análise do GT-Covid, que avaliará os próximos passos”, diz o comunicado do MP.

Safadão, Thyane e Sabrina foram indiciados pela Polícia Civil há cerca de um mês por peculato e infração de medida sanitária por conta da vacinação irregular contra a Covid.