Bem vindo à selva, gritava a genial banda Guns N’ Roses, em 1997. Ô saudade dos meus 30 anos!! “It gets worse here everyday” (aqui fica pior a cada dia). Naquele tempo, o Brasil era apenas uma exótica floresta tropical. Hoje, sob Bolsonaro, tornou-se uma selva em chamas.

Como candidato, Messias babava toda sua grossura, preconceito e breguice. Como presidente, pratica. O amigão do Queiroz é um perigo! Quando não está tentando golpear a democracia, está atentando contra ela. E contra os brasileiros indefesos.

O marido da jocosamente apelidada de Micheque, por conta dos depósitos inexplicados e inexplicáveis em sua conta, ultrapassou a barreira do negacionismo puro e simples, e hoje trafega no mais puro obscurantismo. Bolsonaro é a representação viva da idade média.

Como até as emas do Alvorada lhe deram as costas, o propagandista de cloroquina resolveu apelar: num dia, ressuscitou o vermífugo do astronauta; noutro, decidiu privar milhões de brasileiros de uma possível imunidade ao novo coronavírus. Afinal, vacina pra quê?

Para este ignorante, beirando um homicida, quanto pior, melhor. Quanto menos isolamento social, mais aglomeração, menos cuidados pessoais (como o uso de máscaras) e mais doentes e mortos, mais satisfeito fica o pai do senador das rachadinhas.

O mundo civilizado corre ligeiro em busca de uma cura para esta maldita pandemia. Se não vier, através de tratamentos e drogas, que ao menos surja rapidamente uma vacina que imunize os povos afetados. Bilhões de dólares e milhões de vidas estão em jogo.

Porém, na selva Brasil, o macho-alfa da manada terraplanista pensa diferente. O idiota, aboletado na presidência da República, prefere disputar, com rivais políticos, quem tem o bilau maior. Bolsonaro é simplesmente um bebezão mimado, e pra lá de malcriado.

O pior é que este proto-psicopata encontra respaldo em boa parte da população. E quanto mais apregoa insanidades, mais risco traz para todos, já que seus seguidores tendem a repetir suas atitudes. Não por acaso, nas cidades onde mais tem apoio, o contágio é maior.

O Brasil, repito, é uma selva. Por aqui, matamos 60 mil pessoas por ano. Outras 60 mil morrem em acidentes. Nas ruas, mata-se por uma fechada de trânsito. Nos estádios, mata-se pelo time. Como na selva, nossos animais estão livres. Matando e morrendo como moscas.

Se fôssemos um zoológico, faltariam jaulas. Boa parte dos Três Poderes ocuparia todas elas. O selvagem-mor de Brasília que o diga. Haveria uma ala inteira dedicada ao bolsonarismo. Sonho meu. O País se tornaria bem mais respirável. E a Covid teria menos chance.