O agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub mal deixou o cargo e já foi para os Estados Unidos na última sexta-feira (19). No entanto, caso ele tenha usado a prerrogativa de funcionário do governo para entrar em território norte-americano, o apoiador de Jair Bolsonaro poderá ser deportado.

Exonerado no posto de ministro no último sábado (20), Weintraub inclusive fez algumas publicações nas redes sociais, nas quais sua localização apontava para Miami, na Flórida.

Vale lembrar que o governo dos Estados Unidos fechou as fronteiras do país para brasileiros por causa da Covid-19. A ressalva para entrada é permitida apenas para funcionários do governo com passaporte diplomático.

Caso Abraham tenha usado desta premissa para conseguir a permissão, uma norma pode fazer com que o ex-ministro seja deportado.

Aqueles que “contornarem a aplicação dessa proclamação através de fraude, deturpação intencional de um fato material ou entrada ilegal serão prioridades na remoção pelo Departamento de Segurança Interna”, descreve a norma.

O MEC informou não saber qual foi o passaporte utilizado pelo ex-ministro para sair do Brasil, conforme apuração do O Globo.

Indicado para uma vaga no Banco Mundial, Weintraub pode dizer que também saiu do País por conta do novo cargo. Entretanto, Abraham também poderia ser questionado por causa do seu posto na entidade internacional ainda não ter sido oficializada.