06/04/2020 - 15:36
Depois de se envolver em mais um polêmica, desta vez com a China, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que pedirá desculpas se o país asiático vender os respiradores ao Brasil pelo preço de custo. A declaração foi dada nesta segunda-feira (6) em entrevista à Rádio Bandeirantes.
“Se eles venderem corretamente os mil respiradores, eu fico de joelhos em frente à embaixada, peço perdão e digo que fui um imbecil”, afirmou o ministro.
“Eu topo me humilhar para salvar a vida de brasileiros”, disse o ministro. No entanto, ele nega que tenha se retratado por ter apagado a publicação. Abraham disse que o pedido para retirar o post não partiu do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sim de um amigo.
Weintraub considera que a disseminação do novo coronavírus partiu dos hábitos alimentares dos chineses. Além disso, o ministro diz que a China tem feito leilão com os 60 mil respiradores do país.
“Não é a primeira crise, já é a quarta que vem da Ásia nos últimos 20 anos. E nos próximos 10 anos, se eles não mudarem os hábitos culturaise alimentares deles, vai ter outra crise dessa. E o Brasil precisa estar preparado. Mas o que me deixou chocado é quando descobri que eles estão vendendo equipamento para o mundo. Quando estourou a crise, em vez de alertarem, eles seguraram a informação e correram para fazer respirador para vender agora ao mundo inteiro, que esta desesperado”, enfatizou Abraham.
Polêmica
O problema começou com uma postagem do ministro em seu Twitter na qual ele sugere que o país asiático sairá fortalecido desta pandemia do novo coronavírus. Em resposta, a Embaixada da China disse que as insinuações de Weintraub tinham “cunho racista”.
Abraham rebateu as acusações “fui chamado de racista, eles terão de provar”, respondeu.
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) April 6, 2020