Destinada ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a carta enviada pelo então ministro da Educação, Abraham Weintraub, informava sua indicação para um cargo de diretor do Banco Mundial, a qual está datada do último dia 17 de junho.

No último dia 18 de junho, Weintraub apareceu ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciando a sua saída do ministério e dois dias depois ele já estava em Miami, nos Estados Unidos.

Na carta, Weintraub chegou a pedir “os bons ofícios do Ministério das Relações Exteriores para requerer visto de entrada nos Estados Unidos”, segundo respondeu a pasta à TV Globo após pedido feito pela por meio da Lei de Acesso à Informação.

O ministério informou ainda que, Abraham também apontou a intenção de ir para Washington “com brevidade possível. Com isso, ao receber o pedido, em 18 de junho, a pasta enviou à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília solicitação de visto para Weintraub.

Conforme apuração do G1, o Itamaraty afirmou também que o pedido de visto já continha os dados do passaporte diplomático de Weintraub e indicava, como período da missão, o “restante do ano de 2020”.

A exoneração do Ministério da Educação foi publicada no último dia 20 de junho e posteriormente retificada para 19 de junho, pois na primeira data Weintraub já estava nos Estados Unidos.