Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Walter Delgatti vai pedir regime semiaberto

Condenado com Carla Zambelli por fraude no sistema do CNJ, Delgatti está em Tremembé

Walter Delgatti vai pedir regime semiaberto

Preso há um ano e quatro meses, o hacker Walter Delgatti vai ingressar, nos próximos dias, com um pedido de progressão de pena na Justiça. Ele foi condenado a 8 anos e três meses de prisão e, com 20% da pena cumprida, o réu pode pleitear o regime semiaberto, mesmo sendo reincidente.

Delgatti e a deputada foragida Carla Zambelli, do PL de São Paulo, foram condenados por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A condenação foi unânime no Supremo Tribunal Federal, em 14 de maio. O hacker já estava preso, mas a deputada fugiu, primeiramente para os Estados Unidos e, em seguida, para a Itália. Sua pena é de dez anos de detenção.

O hacker está no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, para onde vão os criminosos mais famosos do país. Ele ficou nacionalmente conhecido como “hacker de Araraquara”, quando invadiu o Telegram e flagrou as conversas entre os procuradores e o então juiz Sergio Moro na Lava Jato. A Vaza Jato foi usada por Lula e outros condenados como prova sobre a parcialidade das condenações.

O advogado que representa o hacker, Ariovaldo Moreira, afirmou à coluna que já requisitou do presídio o boletim informativo que trata da conduta do preso. Delgatti tem intenção de, no semiaberto, retornar aos estudos. Ele já foi aluno de Direito no interior de São Paulo.