É uma das histórias célebres de Hollywood. Detentora dos direitos do musical My Fair Lady, a empresa produtora Warner investiu numa produção milionária de olho no Oscar. Contratou um grande diretor, George Cukor, o intérprete do papel do Professor Higgins na Broadway, Rex Harrison, mas, para Eliza, o estúdio achou arriscado investir numa novata como Julie Andrews, que fizera a personagem no palco. Audrey Hepburn foi chamada, o filme foi um grande sucesso, ganhou todos os Oscars a que tinha direito, menos o de atriz. Quem ficou com a estatueta foi a desprezada pela Warner, Julie Andrews, que se refizera da decepção aceitando o papel título de Mary Poppins na Disney.

Mistura de animação e live action, com canções como Chim-Chim-Cheree, Mary Poppins foi realizado por um homem de confiança de Walt Disney, Robert Stevenson. Resultou num clássico, um dos filmes mais prazerosos de Hollywood – tão prazeroso que fica difícil acreditar que, na verdade, quase todo o esforço esteve por um triz para não dar certo.

A produção foi tão tumultuada que daria filme – aliás, deu. Walt nos Bastidores de Mary Poppins, com Tom Hanks no papel de Disney, tentando convencer a autora da história, Pamela Travers, de que o filme teria de ser feito nos moldes dele, não nos dela. Pamela, uma inglesa irritante, interpretada por Emma Thompson, fez valer seu ponto de vista. Vale rever o filme de John Lee Hancock como making of do Mary Poppins original.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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