A bolsa de Nova York fechou sem tendências definidas, nesta terça-feira (9), em um contexto de prudência antes da publicação, na quarta-feira, do índice de preços ao consumidor para março.

O Dow Jones fechou praticamente estável (-0,02%), enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 0,32% e o S&P 500 subiu 0,14%.

A sessão, marcada por oscilações, foi quase uma cópia da segunda-feira.

“Todo mundo espera o relatório da inflação amanhã”, explicou Jack Ablin, da Cresset Capital, em alusão ao relatório que apresentará o índice de preços ao consumo (IPC).

Os economistas esperam que a inflação tenha se moderado em março em relação a fevereiro, para 0,3% ao mês frente a 0,4% no segundo mês do ano. Ao contrário, preveem que a medição a 12 meses passe de 3,2% para 3,4%.

O índice “nos ajudará a determinar a trajetória do Fed (Federal Reserve, banco central americano)” no tema das taxas de juros, antecipou Ablin. “Um número superior ao esperado poderia adiar um primeiro corte das taxas de juros para o ano que vem”.

A bolsa espera ansiosamente por uma flexibilização da política monetária, que barateie o crédito para as empresas.

Alguns valores defensivos, menos sensíveis à conjuntura, foram procurados, como 3M (+0,74%), Nike (+1,11%) e Procter & Gamble (+0,40%).

Mas as empresas financeiras também achataram o Dow Jones. American Express (-1,91%) e Visa (-0,37%), além de JPMorgan Chase (-0,67%) perderam terreno.

A Boeing também recuou (-1,89%), depois de anunciar que entregou 83 aviões no primeiro trimestre, frente a 130 no mesmo período do ano passado.

Além disso, a Agência americana de Aviação Civil (FAA) investiga denúncias de um engenheiro da Boeing, segundo quem os modelos 787 Dreamliner e 777 têm defeitos de montagem que ameaçam a segurança, informaram fontes oficiais nesta terça, após uma publicação do jornal The New York Times.

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