Wall Street fecha no azul graças à trégua na guerra comercial EUA-China

A Bolsa de Nova York fechou com forte alta nesta segunda-feira (12), impulsionada pela esperança de uma desaceleração na guerra comercial internacional, após a suspensão temporária da maioria das tarifas generalizadas que Estados Unidos e China vinham impondo mutuamente.

O principal índice, o industrial Dow Jones, subiu 2,81%, encerrando em 42.410,10 pontos; o tecnológico Nasdaq avançou 4,35%, chegando a 18.708,34 unidades; e o índice ampliado S&P 500 – principal referência dos investidores – teve alta de 3,26%, encerrando em 5.844,19 pontos.

Os principais índices oscilaram dentro de uma faixa estreita em uma sessão dinâmica, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um “reinício total” nas relações com a China, o que incluiu uma drástica redução das tarifas que os dois países vinham aplicando mutuamente desde a ofensiva comercial lançada por Washington.

“O mercado está claramente observando a tendência geral de desaceleração” dessa guerra comercial que mantinha vários países em estado de alerta, declarou Karl Haeling, analista da firma LBBW.

Desde seu retorno à Casa Branca, no fim de janeiro, Trump havia imposto tarifas de 145% sobre muitas importações provenientes da China, enquanto Pequim retaliou com tarifas de 125% sobre produtos americanos.

Após conversas realizadas no fim de semana entre altos funcionários dos dois países na Suíça, os Estados Unidos concordaram em reduzir temporariamente suas tarifas sobre produtos chineses para 30%, enquanto a China reduzirá as suas para 10%.

Além da redução tarifária, o anúncio entre os EUA e a China, assim como o acordo firmado na semana passada com o Reino Unido, “convencerão os líderes empresariais de que um acordo definitivo será alcançado em algum momento”, segundo uma nota divulgada pelo site especializado Briefing.com.

“Isso deverá permitir que eles tomem decisões de investimento e de gastos”, acrescentou.

No entanto, Haeling afirmou que tanto o acordo com o Reino Unido quanto o anúncio com a China nesta segunda-feira ainda deixam “muitos detalhes por acertar”, o que significa que ainda persiste certa incerteza.

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