Wall Street fecha em alta, impulsionada por dados do emprego nos EUA

A bolsa de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira (4), impulsionada por dados do emprego no setor privado americano, que reforçaram as expectativas de uma flexibilização da política monetária por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

O Dow Jones registrou alta de 0,77% e o tecnológico Nasdaq subiu 0,98%. O índice ampliado S&P 500 avançou 0,83%, batendo um novo recorde no fechamento, de 6.502,08 pontos.

A geração de empregos em agosto desacelerou significativamente no setor privado nos Estados Unidos, segundo a pesquisa mensal da ADP/Stanford Lab, publicada nesta quinta-feira, antes da abertura de Wall Street.

No mês passado, foram criados 54 mil empregos no setor privado, frente aos 106 mil de julho. Os mercados previam a criação de cerca de 75 mil postos de trabalho.

Estes dados se somam ao aumento dos pedidos semanais de seguro-desemprego (+237 mil) e à contração do índice de emprego, segundo a pesquisa da federação profissional ISM.

“Estamos em um período em que as más notícias são, de certo modo, boas notícias, já que o mercado espera uma redução dos juros do Fed”, comentou Pat Donlon, da Fiduciary Trust Company, em declarações à AFP.

Vários membros do banco central americano defenderam recentemente um relaxamento da política monetária da instituição, e seu presidente, Jerome Powell, deixou a porta aberta para esta ideia devido ao desaquecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Os dados publicados nesta quinta-feira reforçam as expectativas de uma redução dos juros na reunião do comitê de política monetária do Fed, em meados de setembro, segundo a ferramenta de acompanhamento FedWatch, do grupo CME.

Segundo José Torres, do Interactive Brokers, não só os dados do emprego animam Wall Street: o candidato do presidente Donald Trump para o cargo de governador do Fed, Stephen Miran, “está prestes a ser confirmado”.

Miran, assessor de Trump na Casa Branca, tem sido até agora um defensor ferrenho da agenda econômica do presidente americano, que inclui tarifas aduaneiras elevadas e pressões constantes sobre o Fed.

No mercado de títulos, o rendimento dos papéis do Tesouro americano americano a 10 anos baixou para 4,16%, frente a 4,21% no fechamento de quarta-feira.

Quanto às empresas, a marca de vestuário American Eagle disparou (+37,96%, a 18,79 dólares) após publicar resultados trimestrais melhores que o esperado.

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