A Bolsa de Nova York teve um comportamento irregular nesta quarta-feira (16), mas encerrou em alta, em um mercado que manteve o impulso apesar das ameaças do presidente Donald Trump ao chefe do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell.
O índice Nasdaq, focado no setor de tecnologia, subiu 0,25% e, novamente, alcançou um recorde, com 20.730,49 pontos. O índice amplo S&P 500 avançou 0,32% e o Dow Jones, 0,53%.
Wall Street experimentou uma breve turbulência pela manhã, depois que Trump afirmou que estava refletindo sobre demitir o presidente do Fed, para depois dizer que essa possibilidade era “muito improvável”.
Seus comentários provocaram a queda dos principais índices da bolsa nova-iorquina, que por fim se recuperaram parcialmente frente à mudança de postura do presidente dos EUA.
“Está muito claro que [Wall Street] quer ir mais alto” nos índices, estima Adam Sarhan, da 50 Park Investments, em declarações à AFP. “Cada vez que são anunciadas más notícias, o mercado se desliga delas e continua se recuperando, inclusive hoje”, acrescentou.
Trump critica há meses Powell – a quem ele mesmo nomeou para o cargo durante seu primeiro mandato -, por não ter reduzido as taxas de juros do banco central. Para o republicano, a inflação não deve mais ser considerada um problema.
Em um mês até junho, o índice de preços ao produtor (PPI), uma medida da inflação atacadista, permaneceu inalterado após ter aumentado 0,3% em maio.
O PPI “foi mais moderado do que o esperado em junho”, aponta em nota Bill Adams, do Comerica Bank, que também considera que “se essas tendências se mantiverem, o Fed provavelmente poderá reduzir suas taxas [de juros] mais adiante em 2025”.
Entretanto, em sua pesquisa conhecida como “Livro Bege” publicada também nesta quarta, o Fed aponta que embora a economia americana continue sólida, os agentes econômicos estão preocupados, em particular, com as tarifas, cujo impacto nos preços começa a ser sentido.
Os investidores aguardam agora os números de vendas no varejo e os pedidos de auxílio-desemprego, ambos na quinta-feira.
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