Wall Street fecha em alta apesar de conflito entre Irã e Israel

A Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta nesta segunda-feira (16), apesar da continuidade dos ataques entre Israel e Irã, enquanto os investidores demonstram sinais de tranquilidade diante da expectativa de que o conflito não se espalhe para o restante do Oriente Médio.

O índice Dow Jones subiu 0,75%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,52% e o índice ampliado S&P 500 teve alta de 0,94%.

A “principal força” que impulsionou o mercado nesta segunda-feira “é simplesmente a sensação de que o conflito entre Israel e Irã está relativamente contido até agora”, avaliou Patrick O’Hare, da Briefing.com.

“Portanto, o mercado está ciente de que o conflito ainda pode se agravar”, mas, por ora, evoluiu “em torno da ideia de que a situação não foi pior do que se temia”, acrescentou.

Israel bombardeou nesta segunda-feira o edifício da televisão estatal iraniana, que teve sua transmissão brevemente interrompida em Teerã, onde explosões foram ouvidas em diversos setores, no quarto dia de um conflito sem precedentes entre os dois países inimigos.

Por sua vez, o Irã lançou mísseis na manhã de segunda-feira contra várias grandes cidades israelenses.

“Houve certo alívio ao ver que não ocorreram ataques realmente significativos contra instalações de produção de petróleo do Irã”, destacou Patrick O’Hare.

O comércio de petróleo também não foi afetado e “os preços da energia recuaram”, o que ajudou a impulsionar Wall Street em uma direção positiva, observa o analista.

Essa conjuntura geopolítica será “sobreposta a diversas decisões de bancos centrais nesta semana, incluindo a decisão do comitê monetário do Federal Reserve (FOMC) na quarta-feira”, alerta O’Hare.

Os agentes financeiros estão quase unânimes: o banco central dos Estados Unidos deverá manter o status quo pela quarta vez consecutiva, mantendo suas taxas de juros na faixa entre 4,25% e 4,50%.

O mercado “estará muito atento ao resumo das projeções econômicas”, antecipa O’Hare.

Entre os destaques do dia, a Meta subiu 2,67%, chegando a US$ 700,54 por ação, após anunciar a futura introdução de novos espaços publicitários no WhatsApp, um marco importante para o aplicativo de mensagens, que até agora havia evitado amplamente a publicidade.

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