Candidato da situação, Waldner Bernardo foi eleito novo presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), na manhã desta sexta-feira, na sede da entidade, no Rio, ao superar Milton Sperafico, que é oposicionista à atual gestão, em um pleito no qual recebeu dez votos, contra sete de seu adversário.

A assembleia eletiva que determinou o novo líder da CBA para o quadriênio entre 2017 e 2020 contou com a participação de representantes de 17 das 18 federações estaduais, além de Felipe Giaffone, presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Automobilismo (ABPA).

Com apenas 41 anos de idade, Waldner Bernardo se tornou o homem forte do automobilismo nacional e irá substituir Cleyton Pinteiro. Conhecido como Dadai, ele já presidiu a Federação Pernambucana de Automobilismo e a Comissão Nacional de Velocidade da CBA. A sua posse no cargo está marcada para acontecer em 17 de março.

“Terminamos a eleição e agora temos muito trabalho ao lado de todas as federações estaduais”, afirmou Dadai, logo após o término da eleição desta sexta, quando também foi oficializado que Bernardo terá como vice-presidentes Selma Moraes, Almir Petris e Rogelho Massud Júnior. Selma e Almir são os respectivos presidentes das federações da Bahia e de Santa Catarina, enquanto Rogelho faz parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBA.

Pernambucano, Dadai venceu a eleição em um momento no qual o automobilismo brasileiro atravessa grande crise e sofre para formar pilotos para a elite da velocidade, assim como vê suas categorias com problemas financeiros e baixa popularidade. Indignado com este cenário atual e decepcionado com o resultado do pleito desta sexta, Sperafico agradeceu os votos que recebeu das federações e da ABPA.

O candidato derrotado também lamentou o fato de que duas federações, do Espírito Santo e a de Mato Grosso do Sul, não terem participado da eleição. De acordo com comunicado divulgado nesta sexta por sua assessoria, a entidade capixaba foi impedida de votar por ter pendências financeiras com a CBA, enquanto a do Mato Grosso não entrou no pleito porque o presidente da federação local, Wagner Coin, teve um “sério problema de saúde no aeroporto de Campo Grande, quando embarcava rumo ao Rio de Janeiro para votar”.

Chateado com a derrota, o ex-piloto Sperafico confirmou que desistirá de se tornar um dirigente. “Chega de política para mim. Sou apaixonado por automobilismo e torço para que o esporte tenha sucesso no Brasil. Mas, agora, serei apenas um mero torcedor”, afirmou.