O ator e diretor Wagner Moura, que está lançando, após dois anos de atrasos por conta de imbróglios com a Ancine (Agência Nacional do Cinema), seu primeiro trabalho na direção, “Marighella“, puxou gritos de “Fora, Bolsonaro”, na pré-estreia do longa em São Paulo, na noite desta sexta-feira (29). As informações são da cola de Mônica Bergamo, da Folha.

“É um absurdo ter que lutar contra o governo federal para estrear no seu país”, disse Moura. “É um filme de amor, feito para o público brasileiro, sobre os que resistiram [à ditadura militar] e os que estão resistindo hoje no Brasil. Fora, Bolsonaro!”, gritou o ator e diretor, aplaudido.

O longa retrata a história do escritor, político e militante comunista Carlos Marighella, assassinado pela ditadura militar em 1969. A obra é baseada na biografia “Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, do jornalista Mário Magalhães.

Seu Jorge, que interpreta Marighella no filme, disse que a demora no lançamento do longa “foi de uma brutalidade imensa” e que, para ele, o trabalho foi uma oportunidade de “reconexão com meu país, minha gente, com as causas desse povo”.

O longa também conta com nomes como Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão no elenco. A estreia está prevista para quinta-feira (4), em circuito comercial.

A pré-estreia teve como convidados nomes ilustres da política, como o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e ex-candidato a prefeito de SP, Guilherme Boulos (PSOL).