A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou, nesta terça-feira, evidências de 43 novos casos de doping no esporte russo para as federações esportivas internacionais, todas baseadas no acervo de dados fornecidos no início do ano por cientistas do laboratório de Moscou.

Caso as federações considerem que não há motivo para punições, a Wada tem o direito de levar os casos à Comissão Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Com mais esses 43 casos, cujos atletas envolvidos não foram revelados nesta terça, a máxima entidade antidoping ressaltou, por meio de um comunicado oficial, que soma 298 “casos prioritários”, que deverão ser analisados até o fim do ano.

“O fato de termos nos mudado para a fase de gerenciamento de resultados significa que demos mais um passo para levar à Justiça aqueles atletas que trapacearam”, disse Gunter Younger, cientista responsável pela busca da Wada no laboratório de Moscou. “Isso é um excelente desenvolvimento para tornarmos os atletas limpos em todo o mundo”, reforçou.

O ministro dos Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, disse que o país “está cumprindo com todos os acordos”. “Vale a pena esperar pelos resultados da análise de especialistas e não antecipar conclusões”, disse Kolobkov. “Se um atleta violou as regras antidoping, ele será suspenso. A Rússia é uma defensora do esporte limpo.”

A Wada também está trabalhando com peritos digitais para examinar as diferenças dos dados fornecidos pelo ex-diretor de laboratório Grigory Rodchenkov em 2017 e que foi removido do cargo no início deste ano. “A Wada continua a ser encorajada pelo progresso significativo alcançado pela RUSADA (Agência Russa Antidoping) em sua nova gestão”, disse a Wada em um comunicado.