Na madrugada desta terça-feira, 26, aconteceu uma verdadeira briga generalizada no BBB24. Após o “Sincerão”, os ânimos dos brothers ficaram bastante aflorados e até a produção do reality precisou intervir na confusão. Tudo começou quando MC Bin Laden e Matteus tiveram um desentendimento. Ao tentar apartar a briga, Davi acabou tendo uma discussão com o funkeiro.

+Após briga feia em rede nacional, Davi e MC Bin merecem ser expulsos do ‘BBB24’?

“Otário, traíra”, acusou o motorista de aplicativo. “O que você quiser eu quero em dobro, seu comédia!”, retrucou Bin, que foi respondido pelo oponente: “Seu otário.”

Davi acusou o cantor de ter “traído” Fernanda BandeRodriguinho Pitel, o que foi negado pelo MC: “Não traí ninguém, não.”

Momentos depois da briga, o Big Boss falou à casa, com tom de voz irritado: “Atenção Bin Laden: acabou, parou, acabou. Passaram do ponto”.

Além da briga entre Davi e Bin, Beatriz também bateu boca com Pitel e Giovanna.

‘Vulnerabilidade emocional’

À IstoÉ Gente, o psicólogo Alexander Bez, que é especialista em relacionamentos pela universidade de Miami, ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia, e em saúde mental, fez uma análise sobre a briga generalizada no ‘BBB24’. Entenda!

“Para que ocorra uma briga generalizada de tal magnitude, exigindo intervenção e corte de sinal, psicologicamente falando, estamos diante de uma situação de “Colapso Total”, que representa o ponto máximo em uma escala de controle. Isso significa que todas as contenções para segurar os impulsos agressivos se romperam, resultando em “ações isoladas psicóticas”, mesmo que nem todas as pessoas envolvidas na confusão se enquadrem nessa classificação mental, ou mesmo que nenhuma delas se enquadre. Neste caso, estamos diante de uma manifestação psicótica coletiva”, começa o profissional.

Segundo Bez, quando há uma manifestação generalizada, provocada por um ou dois atritos que podem ter sido os gatilhos, isso, psicologicamente explicado, em um reality show, evidencia uma “falência vivencial”. “É relevante destacar que se trata de uma competição, na qual, inconscientemente, o conceito de amizade já está comprometido, sendo substituído por alianças intencionais motivadas pela conveniência”.

“Não podemos esquecer que os reality shows afetam diretamente a população, tendo um impacto neurológico importante para os fãs, onde manifestações generalizadas de agressividade como essa podem servir de modelo, especialmente para aqueles que já têm tendências agressivas e só precisavam de um estímulo como esse”, destaca o psicólogo.

Falência grupal

A perda de identificação nessas alianças já declara uma “falência grupal”, pois, mesmo não sendo integralmente leais, as associações internas em reality shows são o que sustentam o programa, através desses subgrupos, garantindo uma certa harmonia e proteção por meio dessa união.

A partir do momento em que ocorre uma manifestação psicótica ativa, como essa, fica claro que não há mais nenhuma união estável entre os participantes, podendo até ser recorrente. Por isso, é um Colapso Total.

Falta de controle e vulnerabilidade emocional

A falta de controle é instantaneamente adicionada à vulnerabilidade emocional, que já estava presente, passando pelo processo de desgosto e desconforto vivencial, até chegar ao acúmulo de sentimentos negativos, culminando no ponto de ebulição, que neste caso é o Colapso Total.

A questão é que a segurança pessoal de cada indivíduo já está ameaçada e qualquer estímulo negativo pode desencadear esse quadro novamente. Na minha análise, vejo uma deficiência vivencial, responsável pela falta de contenção dos impulsos, gerando essa instabilidade agressiva observada ontem, mostrando um lado totalmente oposto ao esperado.