A vulnerabilidade do sistema bancário nos Estados Unidos cresceu “moderadamente” em relação aos níveis baixos da década passada, embora siga bem aquém dos patamares que precederam a crise financeira de 2008. A conclusão é de um estudo conduzido por funcionários da distrital do Federal Reserve (Fed) em Nova York, divulgado nesta segunda-feira, 6.

Em particular, a instituição enfatiza os riscos associados ao rápido aumento de juros, conforme mostraram as turbulências que levaram à quebra de pelo menos três bancos médios no começo deste ano.

Segundo o trabalho, os agentes do setor tendem a se beneficiar da escalada das taxas básicas ao repassar esse aumento aos depósitos, mas o movimento é gradual.”No curto prazo, os bancos poderão sofrer perdas nas suas carteiras de títulos, o que poderá, por sua vez, induzir a esgotamentos de financiamento e enfraquecer substancialmente os níveis de capital efetivos”, explica.

O Índice de Vulnerabilidade de Capital compilado pelo Federal Reserve (Fed) de Nova York está em 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB), um valor considerado pequeno para os níveis históricos. No entanto, trata-se de um nível alto ante 2022, conforme a entidade. “Esta vulnerabilidade tem origem na exposição dos bancos a uma queda repentina no valor dos títulos, na sequência de um hipotético aumento adicional das taxas de juro”, pontua.