O vulcão Pacaya, na Guatemala, próximo à capital, mantém uma forte fase eruptiva há mais de um mês, com explosões que emanam rios de lava e lançam cinzas em comunidades próximas, informou a agência de proteção civil nesta quinta-feira (18).

“Durante a noite de quarta-feira, foram ouvidas explosões moderadas e fortes, acompanhadas de estrondos e sons semelhantes aos de uma locomotiva”, disse David de León, porta-voz do Coordenador de Redução de Desastres (Conred).

O vulcão também lançou “balísticos”, blocos de material vulcânico incandescente, que chegavam entre 50 e 150 metros acima da cratera do colosso, com 2.552 metros de altura e localizados cerca de 25km ao sul da Cidade da Guatemala, acrescentou.

De León comentou que a expulsão das cinzas chega a 300 metros acima da cratera e pode cair em um raio entre 20 e 30 km, além de manter um fluxo de lava de cerca de 450 metros de extensão que gera deslizamentos de blocos nas encostas.

O porta-voz do Conred, órgão encarregado da proteção civil, indicou que dois outros rios de lava com cerca de 300 metros de comprimento cada surgiram no início desta quinta-feira.

“O vulcão teve dois episódios em que a atividade atingiu um nível classificado como erupção e mantém esse nível alto. As explosões podem ser observadas com densas colunas de cinzas e gases”, disse.

Existem pelo menos 20 comunidades no entorno do vulcão, que permanecem em alerta para uma possível evacuação. Embora não tenha sido necessário, mais de dez abrigos estão prontos, pontuou de León.

Devido à atividade do vulcão, o Parque Nacional Pacaya, uma importante atração turística do país onde ele está localizado, permanece fechado.

O Pacaya registrou uma poderosa erupção em 27 de maio de 2010, que matou um jornalista de televisão enquanto cobria o noticiário. Também causou danos às plantações.

Junto com Pacaya, na Guatemala os vulcões de Fuego (sudoeste) e Santiaguito (oeste) também estão ativos. O país tem cerca de trinta vulcões.