Slam – Voz de Levante

(Brasil, EUA/2017, 104 min.). Dir. Tatiana Lohmann. Com Roberta Estrela D’Alva

O Poetry Slam nasceu em Chicago nos anos 1980 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Chegou também aqui, e com muita força, como mostra este Slam – Voz de Levante, de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela d’Alva. Roberta, além de diretora, é também a mestra de cerimônias desse filme vigoroso e que apresenta essa modalidade de expressão das periferias do mundo. A poesia improvisada no ritmo do rap dá uma dinâmica muito interessante ao filme. Sua linha de ação cimenta-se nesse ponto, a integração dinâmica entre o que retrata e a própria linguagem do documentário. Desse modo, pode retraçar as origens e desenvolvimentos de uma modalidade artística que se desenvolve sem parar, filmá-la no Brasil, mas também na França e nos Estados Unidos, sem perder jamais o ritmo, o interesse e o balanço. Com essa pulsação, o filme pode interessar a um público além dos já convertidos. É bastante sedutor em sua apresentação de uma manifestação poética e musical fora dos padrões oficiais, e, por isso mesmo, veículo das carências e contestações de quem tem muito o que dizer e não tem papas na língua.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.