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“Num mundo onde Deus está definitivamente morto e onde sabemos que, apesar de todas as promessas de direita e de esquerda, não seremos felizes, a linguagem é nosso único recurso, nossa única fonte.” A reflexão de Michel Foucault não foi escrita, mas dita em uma conferência que esclarece muito da relação do autor de “Vigiar e Punir” com a escrita que lhe colocou no topo de autores mais importantes do Ocidente. A editora Autêntica lança agora as conferências e programas de rádio gravados pelo escritor francês nos anos 1960 em um volume chamado “Grande Estrangeira” (termo que Foucault usou para se referir à literatura nessas apresentações). Numa mesma caixa, o lançamento traz outro volume com a pouco conhecida fala do filósofo: “O Belo e O Perigo”, edição de uma conversa com o crítico Claude Bonnefoy, gravada para a produção de um livro nunca concluído.