22/12/2016 - 18:00
Luiza Brunet passará uma noite de Natal de diferente. Não armou árvore, não comprou presentes e nem preparou ceia. Ela e a família, em especial a filha, Yasmin, dedicarão a noite do dia 24 às pessoas carentes. “Vou passar o Natal como voluntária, ajudando quem precisa. Não vejo razão para armar árvore, com cenas como as de Aleppo acontecendo.”A família está definindo se irá a um orfanato ou se ajudará a servir ceia a moradores de rua. “Não sou mais a mesma. Sinto profundamente outras necessidades. Fazemos pouco pelos outros e doar dinheiro não é o mais importante”, diz. Em fevereiro, ocorre nova audiência do julgamento em que Luiza acusa o empresário Lírio Parisotto, seu ex-namorado, de agredi-la.
O que a motivou a atuar como voluntária no Natal?
Yasmim já faz esse trabalho em asilos e orfanatos em finais de semana. Eu e ela estávamos conversando sobre o que fazer neste Natal e surgiu essa ideia. Acho que, por ter passado por uma situação tão constrangedora na minha vida este ano, por ter sido desacreditada, isso me fez crer que o ser humano é ruim. Tive uma decepção grande. Estou tentado amenizar isso doando trabalho voluntário e comunitário. Pessoas que menos espera são as que te retribuem com mais amor, afeto e respeito.
Quais serão os próximos passos do processo judicial?
Minha parte eu já contei ao juiz. A parte do Lírio deve ser cumprida em 13 de fevereiro. O que tinha que fazer já fiz, de maneira correta. Ele pediu adiamento. Alegou que uma sétima testemunha faltou. Espero que ele compareça e fale a verdade. Nem uma das testemunhas dele e nem a minha única, assistiram ao que eu passei. Minha maior testemunha sou eu mesma. Contei o que eu vivi.