ESTRASBURGO, 17 SET (ANSA) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou nesta terça-feira (17) a equipe que ocupará o poder Executivo do bloco em seu segundo mandato, que incluirá 41% de mulheres.   

No cargo desde dezembro de 2019, Von der Leyen foi reconduzida para continuar na função de maior visibilidade na União Europeia até 2029 e designou seis vice-presidentes, incluindo o ministro das Relações Europeias da Itália, Raffaele Fitto, que será responsável pela pasta de Coesão e Reformas na UE.   

“Raffaele Fitto usará sua grande experiência para modernizar e reforçar os investimentos para a coesão e as políticas de crescimento”, disse Von der Leyen em coletiva de imprensa em Estrasburgo, na França.   

“A Itália é um país muito importante, e isso deve se refletir em nossas escolhas”, acrescentou. Fitto é aliado próximo da premiê de direita Giorgia Meloni, que foi contra a manutenção da alemã na Comissão Europeia.   

Os outros cinco vice-presidentes do Executivo europeu serão a finlandesa Henna Virkkunen (responsável pela pasta de Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia), a estoniana Kaja Kallas (alta representante para Política Externa), a romena Roxana Minzatu (Pessoas, Competências e Preparação), o francês Stéphane Séjourné (Prosperidade e Estratégia Industrial) e a espanhola Teresa Ribera (Transição Limpa, Justa e Competitiva).   

O Executivo da UE também será formado por outros 20 comissários, de modo a contemplar os 27 Estados-membros no primeiro escalão do bloco. Ao todo, a Comissão Europeia terá 16 homens (59%) e 11 mulheres (41%), proporção inédita na história do bloco.   

O grupo político mais representado é o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, com 15 integrantes no Executivo, incluindo a própria Von der Leyen. Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda, e Renovar Europa, de centro, terão cinco cada. Os dois restantes representam a direita, incluindo Fitto e o húngaro Olivér Várhelyi.   

Todos os indicados por Von der Leyen passarão por sabatinas no Parlamento Europeu, etapa conhecida pelo alto nível técnico das perguntas e que já custou algumas nomeações no passado.   

(ANSA).