A exportação brasileira de café em setembro foi de 2,503 milhões sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 21,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado (3,19 milhões de sacas). Os números foram divulgados na manhã desta terça-feira, 11, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), em relatório mensal.

Conforme o conselho, o resultado é reflexo do segundo mês consecutivo da greve alfandegária no Porto de Santos, que provocou impacto direto na liberação dos certificados de exportações emitidos no período.

De acordo com o CeCafé, levando em consideração os certificados emitidos e ainda não liberados por conta da greve, as exportações brasileiras de café em setembro de 2016 saltariam de 2,5 milhões de sacas para aproximadamente 3 milhões. Algo semelhante ao que ocorreu no mês passado, em agosto, quando a entidade registrou 3,01 milhões de sacas exportadas, ante as 2,69 milhões de sacas divulgadas oficialmente.

O presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes, informa que tem convicção de que é algo pontual. “Assim que tudo for regularizado, os números serão atualizados, refletindo a normalidade registrada em agosto e mantendo o crescimento contínuo conquistado pela eficiência e a sustentabilidade de nossos processos produtivos, que resultam em um café cada vez mais qualificado e interessante para o consumidor no mundo todo”, disse, em comunicado.

A receita cambial no mês passado foi de US$ 409,5 milhões, representando queda de 18% ante setembro do ano passado (US$ 499,3 milhões). O preço médio da saca, no entanto, registrou aumento de 4,5% no período, de US$ 156,49 para US$ 163,59.

Do total de exportações no mês de setembro (base no número oficial, somente os certificados liberados pela alfândega – 2,5 milhões de sacas), o destaque foi para os cafés industrializados (torrado e solúvel) – 302.295 sacas – que cresceram 7,7% em relação a setembro de 2015.

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Os cafés verdes mantiveram a liderança das exportações – 2.170.431 sacas de arábica e 30.486 de robusta -, porém, com queda de 24,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O total de café exportado de janeiro até setembro de 2016 alcançou 23,772 milhões de sacas, com baixa de 11,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2015 (26,740 milhões de sacas). A receita é de US$ 3,592 milhões, queda de 22% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 4,605 milhões). O preço médio da saca é de US$ 151,10, diminuição de 12,3% ante 2015 (US$ 172,22).

Os principais destinos do café exportado pelo Brasil continuam sendo, pela ordem, Estados Unidos, com 4.614.791 sacas no período de janeiro a setembro de 2016, Alemanha (4.242.018 sacas), Itália (1.991.431) e Japão (1.773.106). No acumulado do ano civil (janeiro a setembro de 2016), 120 países consumiram o café brasileiro.

O Porto de Santos (SP) segue como principal via de escoamento da safra para o exterior, com 84,1% (19.987.480 sacas embarcadas) de participação no acumulado entre janeiro e setembro de 2016.


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