As crianças retornaram nesta terça-feira às escolas na Europa de máscara para evitar o contágio do coronavírus, que já infectou um milhão de pessoas na Rússia e mais de seis milhões nos Estados Unidos, o país mais afetado em termos absolutos.

Na Europa, alunos franceses, belgas, russos e ucranianos voltaram às aulas, depois da retomada das atividades presenciais em agosto na Alemanha, Irlanda do Norte e Escócia.

Na França o uso da máscara é obrigatório para os professores e crianças a partir de 11 anos. Na Grécia a peça será obrigatória inclusive nas creches.

Na Espanha, onde a volta às aulas acontecerá de maneira gradual de 4 a 15 de setembro, dependendo das regiões, o uso de máscara será obrigatório para alunos com mais de seis anos, o tempo todo.

Neste sentido, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) advertiu nesta terça-feira que apenas um terço dos alunos no mundo poderão retornar às escolas após o período de confinamento.

Os demais ficarão “sem escola” ou, na melhor das hipóteses, “na incerteza” provocada pela pandemia, afirmou a organização em um comunicado.

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– Um milhão de casos na Rússia –

Na Rússia, a volta às aulas foi marcada pelo anúncio de que o país superou a marca de um milhão de casos.

Nos Estados Unidos, maior economia do planeta e país envolvido em uma acirrada campanha eleitoral, o balanço superou na segunda-feira a barreira de seis milhões de infectados e 183.000 vítimas fatais. É a nação mais afetada pela doença em termos absolutos.

A pandemia também continua afetando o mundo do esporte. Em Flushing Meadows, com medidas rígidas de saúde, o Aberto dos Estados Unidos de tênis começou na segunda-feira sem o público e em um clima de tensão.

O tenista francês Benoît Paire testou positivo para covid-19, o que provocou sua exclusão do torneio e o monitoramento de outros atletas que tiveram contato com ele.

Em Hong Kong, onde começou nesta terça-feira uma grande campanha de testes, mais de meio milhão de pessoas se registraram para fazer o exame gratuito.

Mais da metade dos 141 pontos de exame espalhados por toda cidade estava com agenda lotada no primeiro dia de atividade.

“Ajudará Hong Kong a sair ilesa da pandemia e é propício para a retomada das atividades diárias”, afirmou Carrie Lam, chefe do Executivo do território semiautônomo chinês.

O principal problema é a desconfiança no governo local e em Pequim pelo temor de uso dos dados compilados, em particular pela participação de três empresas e médicos da China continental.

– Tatuagem para “sobreviventes” da covid-19 –

Em todo o planeta, o balanço da pandemia supera 25,5 milhões de casos, um número provavelmente muito inferior ao real. A Índia registra atualmente o maior número de contágios diários.


Mais de 851.000 mortes foram registradas.

No campo das pesquisas, cientistas canadenses estão estudando o fruto do açaí em busca de um tratamento para os sintomas mais graves do novo coronavírus.

Ao mesmo tempo, o laboratório francês Sanofi anunciou nesta terça-feira que os testes clínicos internacionais de fase 3 sobre a eventual eficácia de seu medicamento Kevzara para o tratamento das formas severas de covid-19 não apresentaram resultados conclusivos.

Na América do Sul, o Peru é agora o país com a maior média de mortes por coronavírus, com 87 vítimas fatais para cada 100.000 habitantes.

No Brasil, segundo país do mundo mais afetado, atrás apenas dos Estados Unidos, com quase 121.000 mortes, o cacique Raoni Metuktire, ícone da luta pela preservação da Amazônia, contraiu o novo coronavírus e foi hospitalizado.

No México, um tatuador propõe aos clientes uma tatuagem gratuita com as palavras “covid-19 survivor” .

“Que daqui a alguns anos possam dizer aos netos e aos filhos ‘olha, me lembro quando em 2020 eu tive covid, que era uma pandemia, uma doença supermortal, e sobrevivivi, aqui está minha tatuagem'”, declarou Omi Debua à AFP.

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