A seleção brasileira levou a medalha de prata no vôlei feminino ao ser derrotada neste domingo na final dos Jogos Olímpicos de Tóquio pelos Estados Unidos por 3 sets a 0, em uma partida disputada na Ariake Arena.

As americanas venceram o jogo com parciais de 25-21, 25-20 e 25-14, em uma partida de uma hora e 22 minutos.

Este é o primeiro ouro nas Olimpíadas da equipe americana, após duas pratas, em Pequim-2008 e Londres-2012 (com derrotas nas duas finais para o Brasil), e o bronze na Rio-2016. Além disso também foi a primeira vez desde Los Angeles-1984 que a decisão pelo lugar mais alto no pódio no vôlei feminino terminou com o placar de 3 sets a 0, quando a China derrotou os Estados Unidos.

Já as brasileiras, que foram eliminadas nas quartas de final da Rio-2016, depois do ouro em Pequim e Londres, saem de Tóquio com o segundo lugar, uma colocação surpreendente para alguns analistas, que não apontavam a seleção entre as favoritas ao pódio. A medalha de bronze foi conquistada pela Sérvia, que derrotou a Coreia do Sul por 3 a 0 na disputa do terceiro lugar.

“Viemos como a sexta ou sétima equipe, então chegar à final invictas, apesar da derrota para os Estados Unidos, é um motivo de orgulho para este grupo”, declarou Natália.

A prata do vôlei feminino foi a medalha de número 21 do Brasil em Tóquio-2020, um recorde para o país em uma edição de Jogos Olímpicos, divididas entre sete ouros, seis pratas e oito bronzes.

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Na final deste domingo, lideradas pelo trio estelar Andrea Drews (15 pontos), Michelle Bartsch-Hackley (14) e a capitã Jordan Larson (12), as americanas foram superiores desde o início, no ataque e na defesa.

Na equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, a ponteira Fernanda Garay fez 11 pontos, naquela que foi seu jogo de despedida da seleção brasileira.

“Sim, esta é minha última (partida). É duro porque não consegui me despedir com uma vitória, mas foi fantástico viver todo este tempo com este grupo. Aproveitei cada momento e volto para casa orgulhosa do que conseguimos aqui”, disse a atleta de 35 anos.

Com o pódio, a central Carol Gattaz, que disputou sua primeira Olimpíada aos 40 anos, se tornou a medalhista mais velha do Brasil entre as mulheres em todas as modalidades.

– A final –

O início do jogo mostrou que as brasileiras teriam muitas dificuldades, quando as americanas abriram 4-0 e, lideradas por Bartsch-Hackley e Larson, comandaram o placar até o fim da parcial por 25-21.

No segundo set, a seleção tentou equilibrar o jogo, mas a equipe dos Estados Unidos se aproveitou dos erros do Brasil (8 contra apenas 4 do time americano) e fechou a parcial em 25-20.

O terceiro set chegou empatado em 7-7, quando as americanas voltaram a superar as brasileiras no ataque e no bloqueio e conseguiram abrir 16-8, vantagem que foi administrada até o 25-14.

E depois de três medalhas de prata em Jogos Olímpicos, o vôlei feminino dos Estados Unidos finalmente chegou ao lugar mais alto do pódio.

“Fomos vulneráveis, mas trabalhamos duro e conversamos muito para mudar as coisas para o bem comum, que era o ouro”, afirmou Drews ao ser questionada sobre a diferença desta equipe para as anteriores que não conseguiram o título olímpico.

A vitória americana também representa mais uma conquista para o técnico da equipe dos Estados Unidos, o ex-jogador Karch Kiraly. Ele foi campeão olímpico no vôlei de quadra em Los-Angeles-1984 e Seul-1988, além de levar a medalha de ouro no vôlei de praia em Atlanta-1996.


Apesar da derrota, a medalha de prata representa um ótimo resultado para a seleção brasileira, após um ciclo olímpico de muitos problemas.

A equipe de José Roberto Guimarães não era considerada favorita ao pódio pela maioria dos analistas e, mais uma vez, deu a volta por cima e chegou à final olímpica.

lca/fp


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