Pegar mau exemplo não é bom. Mas é um modo de vida. Bolsonaro sabe isso e segue o seu herói Trump americano até ao final. Antecipando futuras derrotas ele vai já culpando o sistema eleitoral. Para esses políticos “vale tudo” a verdade não importa mesmo nada.

Lançar a suspeita sobre o melhor sistema de voto eletrônico do mundo — uma tecnologia de que o Brasil pode se orgulhar — é um ataque direto à democracia. É preciso que todo o mundo saiba. Por isso é preciso que a segurança cibernética sela elevada à categoria de assunto de Estado. Para proteger o Estado desses políticos.

Esses novos políticos “vale tudo” são o verdadeiramente o maior problema que a democracia tem neste momento e é preciso que ninguém canse de o falar. É preciso que toda a segurança cibernética do mundo seja convocada; que as melhores empresas nacionais e internacionais de especialistas sejam chamadas a impedir essa vergonha anunciada.

O Ministro Alexandre de Moraes é o guardião necessário dessa segurança. A Comissão de Segurança Cibernética que ele coordena, criada para acompanhar as investigações da PF — que apuram quem operou as invasões ao site do tribunal no primeiro turno das eleições — é a linha da frente dessa luta.

Esses novos políticos “vale tudo” não vão se cansar de explorar quaisquer fragilidades do sistema e atiçá-las na ignorância e no descontentamento do povo. Eles vão usar qualquer argumento, por mais mentiroso que ele seja, para descredibilizar o resultado eleitoral.

As eleições deste domingo, as primeiras depois da derrota de Trump nos Estados Unidos, são importantes por isso. Porque podem mostrar ao povo que esses políticos “vale tudo” afinal não valem mesmo nada.