A Justiça da Alemanha abriu uma investigação contra o vocalista do grupo de metal Rammstein, Till Lindemann, acusado por várias mulheres de agressões sexuais depois de apresentações, indicou a Promotoria de Berlim nesta quarta-feira (14).

Foi aberta uma investigação “por supostos atos” relacionados com “crimes sexuais e distribuição de entorpecentes”, indicou a Promotoria à AFP, confirmando uma informação que circulou na imprensa.

O vocalista, por sua vez, nega as acusações. O Rammstein é uma das bandas de metal mais famosas do mundo que cantam em idioma alemão e também é conhecido por suas performances teatrais e provocativas, com muitos elementos pirotécnicos.

A Promotoria detalhou que “várias denúncias foram apresentadas por terceiros, ou seja, pessoas que não estavam envolvidas nos supostos atos”.

O caso veio à tona no fim de maio, quando uma irlandesa de 24 anos acusou o artista de tê-la drogado e agredido sexualmente depois de um show na Lituânia.

Na esteira dessa denúncia vieram outras de jovens que descreveram mais ou menos o mesmo cenário.

As moças teriam sido localizadas nas primeiras filas dos shows, filmadas e fotografadas para que Lindemann as pudesse escolher, e depois eram convidadas para festas privadas.

De acordo com as denúncias, algumas dessas jovens teriam sido drogadas para que o vocalista, de 60 anos, pudesse abusar sexualmente delas.

O artista desmentiu taxativamente as acusações. “São invariavelmente falsas”, afirmaram seus advogados na semana passada. “Vamos tomar medidas legais imediatas por todas as acusações desse tipo”, advertiram.

Atualmente, o Rammstein está realizando uma turnê pela Europa. Na Áustria e na Suíça, foram feitas convocações de boicote a seus shows por causa dessas denúncias contra o vocalista.

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