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Olhar para a própria história diante de uma plateia ativa, engajada e apaixonada foi o ponto de partida de ‘15 (Ao Vivo)‘, novo álbum do grupo Vocal Livre. Gravado em Recife durante a turnê comemorativa de 15 anos do grupo, o registro reúne sucessos que marcaram a caminhada, vozes participativas da plateia, que fazem parte do espetáculo da forma mais legítima, e a emoção única daquele encontro. É desse mesmo espetáculo que nasce também o filme “Por Outros Olhos“, lançado recentemente nos cinemas, criando um elo entre palco, memória e a relação íntima do grupo com seu público.
Com direção musical de Pedro Valença, 15 (Ao Vivo) revisita faixas que se tornaram parte da identidade do Vocal Livre, entre elas “Tudo o que eu vivi”, “Só o começo”, “Dias de Paz” e a marcante “A começar em mim”, que ultrapassou 30 milhões de streams. O repertório foi pensado a partir das músicas que moldaram diferentes fases do grupo e que mais ressoaram com o público ao longo da trajetória.
A escolha de Recife como palco carrega significados profundos. A cidade, que sempre recebeu o grupo com afeto e intensidade especial, também abriga memórias essenciais: dois integrantes que marcaram a história do Vocal Livre, Rodolfo Araújo e Esdras Gondin, eram pernambucanos. No show, essa presença se tornou homenagem, especialmente quando o público respondeu em uníssono a “Valeu a Pena”, um dos momentos mais emocionantes da noite. “Foi sublime. Uma conexão que não caberia em estúdio”, relembra Pedro.
Essa energia coletiva é um dos diferenciais do álbum. Para a vocalista e diretora do grupo Jacqueline Palheiro, 15 (Ao Vivo) registra algo que não pode ser reconstruído em pós-produção: “A emoção do momento, as vozes do público, até as pequenas variações e falas que surgem espontaneamente… isso nunca aconteceria num estúdio. A gente queria que o álbum carregasse exatamente essa verdade.”
Realizado sob a direção artística de Dennys Bravo, o espetáculo reuniu mais de 130 profissionais e voluntários entre equipe técnica, produção, vídeo e músicos convidados. A Aura Filmes assinou o registro audiovisual que deu origem ao filme exibido nacionalmente pela Cinemark em outubro.
Para o Vocal Livre, 15 (Ao Vivo) simboliza o encerramento poético de um ciclo e a porta de entrada para o próximo. “Quando ouvimos o álbum pronto pela primeira vez, sentimos que nossa história cabia ali, inteira. Foi como fechar com laço de fita um presente que nos foi dado nesses 15 anos”, diz Jacque.
A nova fase já começa a ganhar forma: após uma indicação ao Grammy Latino 2024, turnês internacionais por 10 países europeus e o título de Melhor Coral do Brasil no programa Caldeirão com Mion, com o grupo Coral Livre, dirigido por eles, o grupo prepara lançamentos inéditos para 2025, incluindo o álbum Canções da Eternidade e novas obras que, por enquanto, ainda são segredo.
O álbum 15 (Ao Vivo) chega para reafirmar aquilo que sustenta o Vocal Livre desde o primeiro encontro em 2010: música como afeto, coletividade e restauração.