Vladimir Putin anuncia ‘operação militar especial’ no Leste da Ucrânia

Vladimir Putin anuncia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na noite desta quinta-feira (23) que o país vai realizar uma “operação militar especial” em Donbass, no Leste da Ucrânia. O anúncio foi feito enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reunia pela segunda vez nesta semana, com pedidos de países para que ação não fosse lançada. As informações são do jornal O Globo.

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O anúncio vem um dia após Moscou declarar que as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk haviam pedido ajuda da Rússia para repelir o que chamaram de agressões crescentes das forças ucranianas.

De acordo com as agências de notícias russas RIA-Novosti e Interfax, Putin disse que “os conflitos entre a Rússia e as forças ucranianas são inevitáveis, é apenas uma questão de tempo”.

Donetsk e Luhansk foram reconhecidas pela Rússia como independentes na segunda-feira (21).

“O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, recebeu cartas de apelo do chefe da República Popular de Luhansk, Leonid Pasechnik, e do chefe da República Popular de Donetsk, Denis Pushilin”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

Ucrânia declarou estado de emergência nesta quarta-feira e pediu que seus cidadãos na Rússia deixem o país, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev no último e sinistro sinal para os ucranianos que temem um ataque militar completo da Rússia.

Além do estado de emergência de 30 dias, o governo ucraniano anunciou que haverá serviço militar obrigatório para todos os homens em idade de combate. Os websites do Parlamento, do Gabinete e do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia estão fora do ar. Os websites do governo passaram por várias quedas nas últimas semanas, por conta do que o governo de Kiev classifica como ataques digitais.

Nesta quarta-feira, a Rússia removeu suas bandeiras da embaixada em Kiev, depois de ordenar que os diplomatas se retirassem por razões de segurança.

Os Estados Unidos e seus aliados revelaram mais sanções contra a Rússia, e deixaram claro que estão mantendo medidas mais duras guardadas para o caso de uma invasão em escala total.

*Com informações da Reuters