Rio – Um dos principais jogadores do Flamengo e do futebol brasileiro em 2019, Bruno Henrique concedeu entrevista exclusiva ao UOL Esporte e falou sobre o momento espetacular que vive na carreira. O atacante revela que nunca deixou de acreditar no seu potencial e em uma possível convocação para defender a seleção brasileira.
“Duvidar nunca duvidei, porque para Deus nada é impossível e eu sempre acreditei. Nunca escondi meu sonho de ter uma oportunidade e sempre trabalhei para isso. Claro que não podemos sonhar e esquecer de fazer nossa parte para que as coisas se tornem possíveis. Sempre me dediquei, trabalhei sério para ajudar meus companheiros de clube e, quem sabe, ser lembrado em uma convocação. Felizmente esse momento chegou, e estou muito contente”.
Ainda sobre a chance com Tite, Bruno Henrique assumiu que a ficha está demorando a cair, mas sempre acreditou e buscou o objetivo de ser convocado para defender a Amarelinha. Além disso, o atacante fez questão de dizer que defender a seleção é um sonho.
“Agradeço a Deus todos os dias pelo momento que estou vivendo. Claro que sempre sonhei, sempre trabalhei e busquei tudo isso que tenho conquistado, mas a ficha demora a cair. Vestir a camisa da seleção é um sonho. Só posso seguir me dedicando diariamente para conseguir me manter nesse nível e até mesmo evoluir ainda mais”.
Confira outros trechos da entrevista:
Qual foi seu diferencial pra atingir esse nível de desempenho?
“Em 2017 [no Santos], eu tive um ano muito bom, até então o melhor da minha carreira, onde o próprio professor Tite falou em meu nome em algumas oportunidades. Em 2018, infelizmente, não pude dar sequência, sofri com muitas lesões que me atrapalharam bastante e, agora aqui no Flamengo, graças a Deus as coisas voltaram a acontecer e de forma ainda melhores. O segredo é o trabalho. Ainda não tive nenhum contato com o professor, mas por ter me convocado creio que ele confia no meu trabalho e espero conseguir corresponder às expectativas dele e da seleção”.
O que mudou na sua vida desde a convocação? Recebeu muitos conselhos, alguém te orientou?
“Ser convocado para a seleção te leva a outro patamar na carreira, é o ponto mais alto que um jogador profissional pode sonhar alcançar. É preciso ter a cabeça no lugar para não se perder, e graças a Deus tenho uma boa base familiar e estafe que me ajudam diariamente com isso tudo. Não posso mudar em nada, foi sendo esse Bruno Henrique que eu sou que cheguei aonde cheguei”.
Quem foi o responsável por te lançar no futebol? Tem alguma dica que leva até hoje?
“Desde menino eu jogava futebol em Belo Horizonte, respirava futebol e não queria saber de mais nada além da bola. Foi lá que dei meus primeiros passos até chegar na várzea e de lá despertar a atenção de alguns clubes profissionais. Muitas pessoas foram importantes na minha trajetória, é difícil citar uma só em especial. Mas sem dúvidas todos me ajudaram de alguma forma, seja com um elogio ou até com uma crítica construtiva”.
O que representa para um jogador que não fez base chegar à seleção?
“É um caminho um pouco incomum, tenho consciência disso. Muitos jogadores convivem com a rotina de seleção brasileira desde as categorias de base, e eu não tive nada disso. Isso me faz valorizar ainda mais o meu caminho e a minha luta. Foi com muito trabalho, muita dedicação e fé que consegui trilhar essa história e hoje representar o meu país”.