O ator e empreendedor Malvino Salvador foi o convidado da live de ISTOÉ, nesta terça-feira (11). O amazonense revisitou a carreira artística, falou de política e sobre ter sido infectado pelo Coronavírus, analisou o combate à pandemia do Covid, em especial em sua terra natal, Manaus, onde vive a família materna.
“Foi um momento de muita tensão. Minha mãe ficou muito mal, bem no pior momento da 2ª onda. Ela precisou de oxigênio, não tinha. Ela precisou de internação, não tinha vaga nos hospitais. Precisamos mobilizar amigos e familiares para trazê-la para o Rio de Janeiro numa UTI aérea. Ela ficou 38 dias internada e ainda passa por recuperação”, revela.
Malvino atribui a tragédia humanitária à incompetência dos mais diversos governos.
“Faltar oxigênio, não tem sentido. Aquilo foi um absurdo total. Uma negligência, uma irresponsabilidade”, desabafa.
O modelo também contou como ele e a própria mulher, a lutadora de jiu-jitsu Kyra Gracie, que estava grávida quando se infectou, enfrentaram a doença.
“Se as coisas são incertas não tem como não ter medo. Mas enfrentamos bem a doença. Quando se está equilibrado holisticamente é muito difícil você adoecer”, avalia.
Atuando como empreendedor, Malvino lamentou a situação econômica e financeiram ele tem uma academia de Jiu-jitsu, em sociedade com a esposa, além de uma clínica de tratamento capilar, onde ele fez há pouco tempo um implante.
“Não imaginava que o problema capilar era tão impactante na autoestima das pessoas. O homem está começando a quebrar o machismo, ser mais vaidoso, e começar a se libertar”, entende.
Pai de quatro filhos, três meninas e o caçula, Rayan, de quatro meses, Salvador garante que “fechou a fábrica”. O ator revelou que está preparando uma série para o segundo semestre que não será produzida pela Globo e que será do gênero policial.
Sem medo de ser feliz, ele fez uma análise do cenário político brasilerio, disse que não se arrepende de ter votado em Bolsonaro, apesar da revelação do voto ter lhe causado problemas. Mas foi taxativo:
“Eu não apoio ninguém. Sou a favor das coisas melhorarem o Brasil. Estava muito infeliz com a gestão do PT. Mas não quero mais me envolver com a política”, frisou.
Com efeito, Malvino fez ácidas críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele entende que o pior cenário que está acontecendo no Brasil é o poder absoluto da mais alta corte judiciária do Brasil.
“O lado negativo são as reversões em processos no âmbito do STF, com a libertação de um bando de pessoas corruptas e bandidas. A gente não sabe os interesses que estão por trás das decisões do STF. É um tapa na cara da sociedade. Hoje, quem manda no país são os ministros do Supremo. Vivemos um absurdo institucional no Brasil”, conclui.