Filantropia é aquela palavra que até pode ser interpretada de muitas formas, mas que na verdade apenas tem um significado: dar, sem esperar nada em troca – a colune de hoje é sobre uma pessoa que trata a filantropia por tu; e o mundo  está precisando mais de gente assim.

Bom dia! Assistindo ao noticiário matinal,  recebo uma lição de história; afinal os anos 20 de cada século são sempre os mais loucos!  Já pensou nisso?

No século XIX aconteceram as Revoluções Liberais – o Estado deixou de ser absolutista, e as Independências (a nossa cumpre 200 anos em setembro) proliferaram no meio da maior confusão.

No século XX foi a gripe espanhola, a guerra mundial e o crash da bolsa de Nova Iorque deixando o mundo mergulhado no caos.

E agora o nosso século XXI nos traz as as alterações climáticas, a Covid (que ainda não terminou) e agora, talvez menos inesperadamente do que poderíamos pensar, a guerra.

Há uma constante que se torna evidente. Sempre que surge uma disfunção social ou económica, como antes a guilhotina e a fome e agora a pandemia, alguns líderes mundiais acabam agindo sempre da mesma forma: se aproveitando das fragilidades dos outros eles são capazes de Tudo – aqui tudo pode mesmo ser com letra grande — na procura do seu próprio benefício.

Este conflito na Europa, para já “apenas” entre a Russia e a Ucrânia se parece aquela crónica de uma guerra anunciada. Todos os elementos necessários ao conflito estão lá presentes: a fragilidade dos vizinhos (em véspera de eleições nacionais e saindo da pandemia), a tradição expansionista (não será por acaso que a Russia é o maior país do mundo) e a existência de justificação diplomática para invadir (a existência de população nacional ameaçada em um  território “ocupado” e historicamente russo)

Mas talvez Putin tenha feito mal as contas. Talvez a justificação para invadir não seja bem recebida pelo seu próprio povo; talvez a tradição expansionista já não encontre no mundo digital aquela justificação que ele aprendeu nos tempos da KGB; e, talvez os seus vizinhos não estejam tão frágeis e sozinhos como ele pensou.

A resposta que o Mundo (com a exceção de 7 países) está a dar a Putin é incrível, mas não é surpreendente. A solidariedade que as democracias demonstram com a Ucrânia está ao mesmo nível da que foi dada quando começou a pandemia, onde todos se sacrificaram pelos mais fracos.

Talvez o mundo esteja afinal melhor! Talvez o facto de a pandemia ter colocado todos os humanos, pela primeira vez, na mesma página, nos tenha feito melhores do que antes.

Foi nisso que pensei hoje, quando vi na televisão o empresário de mobilidade Leonardo Freitas oferecer a viagem mais preciosa — escapar da guerra — a quem dela precisava, e sem nada pagar.

Agora já sei que os amigos lhe chamam Léo. Viva o Léo Freitas. O mundo é melhor assim.