Viva o Afonso Borges

(Crédito: José Manuel Diogo)
Há muitas pessoas que trazem beleza às nossas vidas. Mas são muito poucas, preciosas e imprescindíveis, aquelas que nos mostram (e ensinam) que a alegria da infância é uma possibilidade permanente. Uma delas chama-se Afonso, o conheci há poucos dias terrestres, mas no céu, é meu amigo de infância.
Tudo começou em 2012. Já passaram mais de 10 anos, quando me convidaram para escrever um texto no jornal “O Globo”. Era sobre um livro que eu tinha acabado de publicar no Brasil, só que a página que me coube em sorte era muito especial !Encimando-a estava outra prosa, da autoria de um dos maiores escritores e jornalistas do nosso tempo: o Zuenir Ventura.
Mas foi agora, mais de uma década depois, no Plano Inclinado Leda Gontijo, no sopé do Cosme Velho, e na companhia de mais da metade do Produto Interno Cultural do Brasil — e talvez da sua esperança — que o Afonso me juntou com ele e pude sentir seu abraço, sua voz macia e bela (de quem já é só luz) e cantar-lhe os parabéns, junto com outros novos amigos que, como eu, amam desesperadamente a cultura e a nossa língua.
Em uma festa de Babette tropical, tudo alegria, tanta alegria, afetos e detalhes, sorrisos, cumplicidades, maravilhosos diálogos, pude sentir, de novo como uma criança, esse extraordinário sentimento: o Amor.
À anfitriã, SIlvana eu disse — em compungido agradecimento — Adorei muito a festa, a comida, todos seus detalhes, a acidez do Chardonnay (não lembro o nome e preciso muito dele), a goiabada de quota, que mostra que a mão de Deus se acrescenta à árvore no destino da fruta; a delicadeza da Cora e a teimosia do Tigre; e tudo o que não soube ver na sua casa única e maravilhosa, cheia de luz e de livros.
Eu tinha a certeza que será do som que guardarei a mais forte memória. Da beleza singular do som das nossas vozes se costurando em conversas particulares, todas se pertencendo sem que alguém reparasse, ao vozear suave e à soma elegante de tudo o que dissemos. Como Jacques Attali disse – afinal, nada de essencial acontece na sua ausência.
Ela respondeu, e eu enrubesci. Sabe a alegria de abrir um presente inesperado? É como eu me sinto. Mais, um presente surpresa, oferecido por quem sabe do que eu mais gosto. Você é a delicadeza personificada. Repito: adorei! Gracias a la vida.
Terminou-me na face o beijo carinhoso que li. e senti-me feliz.
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