Viúvas ucranianas falam sobre a vida após a morte dos maridos na guerra

Pessoas participam do funeral de Olexandr Haponchev, de 47 anos, um soldado ucraniano morto durante a invasão russa da Ucrânia, na seção militar do cemitério 18 de Kharkiv, em Bezlioudivka, leste da Ucrânia, em 21 de maio de 2022
Pessoas participam do funeral de Olexandr Haponchev, de 47 anos, um soldado ucraniano morto durante a invasão russa da Ucrânia, na seção militar do cemitério 18 de Kharkiv, em Bezlioudivka, leste da Ucrânia, em 21 de maio de 2022 Foto: AFP

A guerra contra as forças russas, que já entrou em seu terceiro ano, está transformando a sociedade ucraniana. Com a morte diária de soldados na linha de frente, cada vez mais mulheres são obrigadas a criar seus filhos sozinhas no país.

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Muitas delas, ainda bastante jovens. Como Anastácia, que ao saber da morte do marido – morto ao defender a região de Donetski contra ataques das forças russas – entrou em trabalho de parto prematuro. Depois de uma cesariana feita às pressas, o bebê praticamente não conseguia respirar. Foi salvo graças a cuidados médicos.

Já o marido de Valentina foi morto quando a filha recém-nascida do casal tinha apenas quatro meses, em novembro passado. Apesar da imensa dor, a ucraniana se diz agradecida: “Muitas mulheres não tiveram tempo de engravidar”.