Mesmo considerando os desvios de conduta de petistas, a candidatura de Lula é incomparável com a do inominável presidente. E a maioria da sociedade civil, comprometida com avanços democráticos, já se mostrou disposta a eleger o ex-presidente no primeiro ou no segundo turno. Se funcionar a estratégia do PT de cooptar os votos de Ciro, Tebet e dos indecisos para vencer já neste domingo, 2, o País afastará de vez o risco de o atual presidente permanecer no poder e continuar a manter a Nação subjugada por um grupo que defende o autoritarismo, o fascismo e clama pelo retorno às trevas da ditadura militar. Por isso, Lula pode não representar o ideal de um País sem corrupção, mas está a anos luz da insanidade demonstrada pelos seguidores de Jair Messias Bolsonaro.Mesmo considerando os desvios de conduta de petistas, a candidatura de Lula é incomparável com a do inominável presidente. E a maioria da sociedade civil, comprometida com avanços democráticos, já se mostrou disposta a eleger o ex-presidente no primeiro ou no segundo turno. Se funcionar a estratégia do PT de cooptar os votos de Ciro, Tebet e dos indecisos para vencer já neste domingo, 2, o País afastará de vez o risco de o atual presidente permanecer no poder e continuar a manter a Nação subjugada por um grupo que defende o autoritarismo, o fascismo e clama pelo retorno às trevas da ditadura militar. Por isso, Lula pode não representar o ideal de um País sem corrupção, mas está a anos luz da insanidade demonstrada pelos seguidores de Jair Messias Bolsonaro.

Democracia

A expectativa dos brasileiros comprometidos com o Estado de Direito é que a eleição seja decidida de forma transparente. Se não for no 1º, que seja no 2º turno, conforme revelam as pesquisas, feitas com evidências científicas, cujos resultados refletirão os resultados das seguras urnas eletrônicas. Enfim, sem golpes ou ameaças à democracia.

Rejeição

Não se trata de torcida por um ou por outro. Ocorre que Bolsonaro plantou o que está colhendo. Fez um governo que levou 33 milhões de pessoas a passar fome e uma gestão tão mal avaliada que o levou a uma rejeição de 52%. Ou seja, não se reelegerá jamais, pois para isso precisará ter 50% mais um. Está sendo derrotado pelos pobres e pelas mulheres.

Desidratação eleitoral

Marco Miatelo

Ciro Gomes jamais havia chegado tão desidratado eleitoralmente à reta final da campanha pelo Palácio do Planalto. Até então, o pior desempenho do ex-ministro tinha acontecido em 1998, quando debutou na corrida pela Presidência e acumulava 9% das intenções de voto no fim de setembro. Em 2018, fez 12,47%. Hoje, Ciro tem 7%, mas com tendência de definhar ainda mais por conta da campanha do voto útil do PT.

Retrato falado

“Só político de esquerda pode ser pardo?” (Crédito:Andre Muzell)

Candidato a governador da Bahia, ACM Neto se meteu em uma grande polêmica na reta final das eleições. Ao se autodeclarar pardo no registro eleitoral de sua candidatura, ele foi alvo de críticas de seus adversários, que o chamam de hipócrita. Rebatendo os ataques que vem sofrendo, o ex-prefeito de Salvador disse que se declara pardo desde 2016 e que é assim que ele se identifica. Em três dias, caiu de 56% para 47%, e o petista Jerônimo Rodrigues subiu de 13% para 32%.

Cortes na Saúde

Para garantir que o orçamento secreto tenha os R$ 19,4 bilhões aprovados no Congresso para atender os parlamentares no ano que vem, o governo está determinando cortes de verbas para importantes setores, especialmente na Saúde. O caso mais escandaloso é a tesourada dada nos recursos destinados a investimentos para prevenção e controle do câncer. O governo anunciou uma redução na verba para o setor em 45%, caindo de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões em 2023. No caso do dinheiro repassado aos estados e municípios com a rubrica “estruturação de unidades de atenção especializada”, o corte será ainda maior, de R$ 520 milhões este ano para R$ 202 milhões em 2023.

Saúde indígena

Nem as comunidades indígenas escaparão. O orçamento de R$ 1,64 bilhão que será destinado este ano para as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde nas aldeias cairá no ano que vem para apenas R$ 664 milhões. Para obras voltadas aos currais eleitorais dos parlamentares não faltarão recursos.

Luta fratricida

Pedro Ladeira

Na política, uma grande amizade pode se transformar em inimizade feroz. É o que acontece com Sergio Moro. Sem conseguir viabilizar sua candidatura a presidente, ele lançou-se candidato ao Senado pelo União Brasil do Paraná, onde o amigo de longa data, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), disputa a reeleição. O choque entre os dois deixa sequelas.

Incoerência?

No Senado há 28 anos, Alvaro Dias está levando grande vantagem nas pesquisas. O Ipec diz que ele tem 36% e o ex-juiz, 25%. O mais engraçado é que Moro vem batendo em Lula e poupando Bolsonaro, de olho nos votos bolsonaristas do Paraná, o que Dias chama de incoerência. Lá, o candidato do capitão, Paulo Martins, tem apenas 7% nas pesquisas.

Dinheiro na mão é vendaval

Genival Paparazzi

Embora esteja 20 pontos atrás de Marília Arraes nas pesquisas para o governo de Pernambuco, dinheiro não é problema para Danilo Cabral (PSB). Ele acaba de devolver R$ 700 mil para os cofres de seu partido, depois de receber uma doação de R$ 750 mil do MDB. O PSB já aplicou R$ 11,5 milhões na candidatura de Cabral para levá-lo ao segundo turno: o partido está no poder em PE há 16 anos.

Toma lá dá cá

Carla Morando, deputada estadual do PSDB-SP (Crédito:Divulgação)

O deputado Douglas Garcia, acusado de agredir a jornalista Vera Magalhães, deve ser cassado?
O comportamento do deputado foi inaceitável. A mobilização pela cassação dele está sendo feita, inclusive, em resposta a uma representação movida pelo meu gabinete.

Esse deputado bolsonarista repete os mesmos ataques do presidente às mulheres?
Infelizmente, episódios de desrespeito às mulheres vêm se tornando recorrentes, como ocorreu com as lamentáveis falas do ex-deputado Arthur do Val.

Em SP, esse grupo de Bolsonaro contra a democracia apoia Tarcísio de Freitas…
É por isso que entendemos que o melhor para São Paulo é o Rodrigo Garcia. Ele é o mais preparado e sabe o que São Paulo precisa.

Rápidas

* O promotor de Justiça do Amapá João Furlan será investigado pelo MP por participar de esquema de compra de votos em 2020 na eleição que elegeu o irmão dele, Antônio Furlan, prefeito de Macapá. Ele teria acobertado um cabo eleitoral de Furlan preso comprando votos.

* Além de Lula, outros 25 políticos condenados, acusados ou investigados na Operação Lava Jato disputarão esta eleição normalmente. Entre eles está o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que concorre a deputado.

* O entorno de Bolsonaro também abriga gente do grupo LGBTQIA+. Trata-se do maquiador de Michelle, que a acompanhou na viagem a Londres. “Sou bicha, maquiada, de barba, evangélica e bolsonarista”, disse Agustin Fernandez à Folha.

* Pelo menos seis candidatos a governador que lideram a corrida nos estados evitam declarar apoio tanto a Lula como a Bolsonaro: ACM Neto, Romeu Zema, Silvio Mendes, Eduardo Leite e Ronaldo Caiado estão neutros.