Depois de intensa batalha nos bastidores, o Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) resolveu, acertadamente, manter Carlos Melles no cargo de presidente do órgão. A reunião do conselho, marcada a pedido de alas ligadas ao PT interessadas em destituir a atual direção eleita em novembro de 2022, e que deveria ter ocorrido nesta quarta-feira, 8, acabou não acontecendo, e Melles segue presidindo a instituição.

“Foi a vitória do bom senso”, disse à ISTOÉ um dos conselheiros do Sebrae. Ele explicou que a atual diretoria do órgão foi eleita em novembro de 2022, ainda durante o governo Bolsonaro, e alas do governo petista desejavam destituir todo o grupo diretivo eleito naquela oportunidade. Carlos Melles, que presidia a instituição desde 2019, foi reconduzido para o cargo de diretor-presidente e o Conselho Deliberativo renovou seu mandato até 2026. Além de Melles, foi eleito Bruno Quick Lourenço de Lima como diretor-técnico e a ex-deputada Margarete de Castro Coelho (PP-PI) como diretora de administração.

Desde então, o PT trava uma disputa política para mudar a direção do órgão e pediu que os 15 integrantes do Conselho Deliberativo Nacional marcassem para esta quarta-feira, 8, uma assembleia para que se procedesse a alteração do quadro diretivo. Ocorre que os petistas não conseguiram os votos necessários para destituir os diretores e Melles foi mantido à frente do órgão.

Embora a decisão tenha sido auspiciosa, segundo conselheiros do Sebrae, a direção não quer dar ao episódio o aspecto de que os atuais diretores tenham derrotado a ala petista. “Não houve vitoriosos e nem perdedores. Ainda temos que continuar conversando para manter a harmonia no Sebrae”, disse essa fonte.