A vitória de Donald Trump
Com um discurso xenófobo, protecionista e ameaçador, o magnata americano se elegeu presidente da maior potência mundial

TRANSIÇÃO - Trump e Obama na Casa Branca: presidente eleito diverge em tudo de seu antecessor
Mundo/EUA 2016
Contrariando as expectativas da maioria dos analistas e tornando real um cenário que parecia saído de uma piada de mau gosto, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos no dia 9 de novembro. Candidato pelo Partido Republicano, o empresário perdeu por uma pequena margem da democrata Hilary Clinteon no total de votos diretos, mas foi alçado à Casa Branca graças ao sistema de delegados em vigor no País. Para muitos americanos indignados com as consequências da globalização e a piora em seu padrão de vida, a escolha de alguém de fora do sistema político pode ter parecido a solução mágica para a solução de todos os problemas. Mas, para os imigrantes que ajudam a fazer dos Estados Unidos a poderosa potência que é, as dificuldades estão apenas começando. “As ideias de Trump sobre imigração são ignorantes, irrealistas e racistas”, diz o ilustrador ucraniano Michael Blank, 37 anos.
Surpresa e temor
No começo da campanha, quase ninguém acreditava que o empresário sequer fosse escolhido pelo Partido Republicano para disputar o pleito. Durante a campanha, mais de uma vez ele próprio deu a entender que não havia esperança de vitória. Mas as urnas pregaram uma surpresa. Numa de suas primeiras falas, o candidato declarou que latinos eram criminosos e estupradores. Sua principal plataforma foi a construção de um muro separando os Estados Unidos do México. Ele chegou a afirmar que catalogaria a população muçulmana e expulsaria 11 milhões de imigrantes. A verdade é que ninguém sabe, ainda, se tirará as promessas do papel.
Para o resto do mundo, fica a dúvida sobre o que a eleição representa. Grupos nacionalistas em vários países comemoraram o resultado e a extrema direita se fortaleceu. Na França, a radical nacionalista Marine Le Pen é favorita para o pleito presidencial do ano que vem. Na Alemanha, o partido de extrema direita AFD cresce consistentemente nas pesquisas de opinião desde 2015. Até no Brasil, o empresário Roberto Justus se inspirou em Trump para anunciar que vai concorrer à presidência em 2018.
Para os imigrantes, resta o medo. Blank, que vive em Nova York desde 1990, resume: “A solução de Trump é equivalente a um cirurgião não qualificado fazer uma operação arrancando a faca para fora da ferida”.

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