08/10/2024 - 17:35
O Vitória garantiu o acesso à Série A de 2024 como campeão da Série B em 2023. A vida na primeira divisão, porém, apresentou-se difícil ao clube baiano, que fez um primeiro turno ruim. Agora, a equipe baiana precisa dobrar o aproveitamento obtido até aqui para tentar garantir a permanência. Uma das peças-chave no time do técnico Thiago Carpini é o lateral-esquerdo Lucas Esteves. Cria do Palmeiras, ele só não esteve em campo em três partidas das 29 do Vitória no Brasileirão – duas por suspensão e uma por ficar no banco.
Nos 19 jogos do primeiro turno, o Vitória teve 14 derrotas, seis vitórias e três empates, um aproveitamento de 26,31%. Entre a quinta e a sexta rodada, a direção decidiu demitir Léo Condé, que comandou o time campeão da Série B de 2023 e do Campeonato Baiano deste ano. Para o lugar dele, foi chamado Thiago Carpini.
O treinador demorou a engrenar, mas conseguiu uma sequência de quatro jogos invictos, incluindo as primeiras vitórias do clube no Brasileirão, contra Internacional e Atlético-MG. A partir do returno, o desempenho foi ainda melhor. A equipe abriu a segunda metade do campeonato com vitória por 2 a 0 em cima do Palmeiras no Allianz Parque.
Para Lucas Esteves, referência do time de Carpini, a troca de treinador não é algo simples. “Eu acho que não é a questão de virar a chave. Acontece que tivemos uma mudança de comando, chegou o Carpini com a sua nova comissão técnica e não é simples esse processo de transição. Fomos absorvendo as novas ideias e como deveríamos jogar, se posicionar com e sem a bola. Aos poucos, o desempenho melhorou”, avalia o lateral, que destaca a boa performance mesmo quando o time não conquista três pontos.
“Apesar de jovem, eu amadureci muito ao longo das últimas temporadas, tanto dentro como fora de campo, e me cuido muito. Fico feliz em poder retribuir esse carinho e essa confiança da diretoria. Hoje, a comissão técnica do Carpini me passa muita confiança e me dá total liberdade em campo. As coisas estão indo bem, mas o que importa mesmo é o coletivo e estou muito focado em tirar o Vitória da parte de baixo da tabela”, projeta Esteves.
Nos dez jogos do segundo turno até aqui, foram quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. O aproveitamento é de 46,66%, somente cinco pontos percentuais a menos que o dobro do obtido no primeiro turno. “Encarar como temos encarado todos os jogos, como decisões. É a única competição que temos para salvar o ano. É encarar com seriedade, serenidade e, principalmente, sem desespero. Que o torcedor tenha paciência. O adversário pode ser superior ao Vitória, mas não podemos perder o equilíbrio. É trabalhar e seguir acreditando nas nossas convicções”, avaliou o técnico Thiago Carpini, após o mais recente empate contra o Atlético-MG, por 2 a 2, na Arena MRV.
A melhora é mais explícita quando se olha para a classificação do segundo turno. O Vitória fica em 10º, com 14 pontos. É o mesmo desempenho que têm Flamengo e Vasco. Os rivais na briga contra o rebaixamento não demonstram a mesma resiliência. Corinthians, Atlético-GO, Cuiabá, Red Bull Bragantino e Athletico-PR ocupam as cinco últimas posições na tabela do segundo turno.
No que vale, a classificação geral, o Vitória tem os mesmos 29 pontos que o Corinthians, mas está uma posição na frente, em 17º, já que soma mais vitórias. Os oito triunfos são os mesmos do Fluminense, com 30 pontos e primeiro time fora da zona de rebaixamento.
Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a equipe baiana tem 57% de risco de cair. Entre os nove jogos restantes para o Vitória, ganham destaque os confrontos diretos contra Red Bull Bragantino, Fluminense, Corinthians e Grêmio, todas no Barradão, além das partidas diante de Athletico-PR, na Ligga Arena, e Criciúma, no Heriberto Hülse. São chances de a equipe baiana depender apenas de si para ficar na elite do futebol brasileiro.