Vítimas yazidis do EI na Síria retornam ao Iraque

Vítimas yazidis do EI na Síria retornam ao Iraque

As autoridades da região semiautônoma curdas da Síria devolveram neste sábado ao Iraque 25 mulheres e crianças da comunidade yazidi, liberados do jugo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) que perdeu seu último reduto.

Quase 300 mulheres e crianças da minoria yazidi, adepta de uma religião esotérica monoteísta, foram localizadas nos últimos meses durante a ofensiva contra a localidade de Baghuz, último reduto do EI no leste da Síria, reconquistado em 23 de março pelas forças curdo-árabes.

Ziad Rustom, diretor da “casa yazidi”, uma instituição vinculadas às autoridades semiautônomas curdas, informou que 10 mulheres e 15 crianças retornariam para a cidade histórica de Sinjar, na região norte do Iraque.

A minoria yazidi, principalmente do norte do Iraque, é alvo de perseguição há vários séculos por suas crenças religiosas.

Em agosto de 2014, quando o EI ocupou grandes faixas de território na Síria e no Iraque, os extremistas tomaram de assalto a localidade histórica da comunidade nos montes Sinjar.

Eles mataram os homens e transformaram os meninos em soldados. Milhares de mulheres foram submetidas a trabalhos forçados e convertidas em escravas sexuais.

Desde 2015, as forças curdo-árabes libertaram 850 pessoas desta minoria.

“O número de desaparecidos chega a 3.040”, disse Rustom, antes de afirmar que as buscas prosseguem na região.