Vários estrangeiros foram assassinados, levados como reféns, ou estão desaparecidos, desde o ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas contra Israel.

Mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense nas mãos do Hamas, a maioria deles civis, segundo as autoridades israelenses.

Na ofensiva sem precedentes, o Hamas sequestrou cerca de 220 pessoas, a maioria israelenses, mas também estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade, segundo um balanço das autoridades israelenses. O braço armado do Hamas estimou que “cerca de 50” reféns que estavam retidos na Faixa de Gaza morreram desde o início dos bombardeios israelenses. As autoridades israelenses não confirmaram estes números, que a AFP não pôde verificar de forma independente.

O Hamas reportou que cerca de 7.000 pessoas, a maioria civis, morreram nos incessantes bombardeios lançados em represália contra Gaza, território governado pelo grupo islamista.

As mortes de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos deles também com nacionalidade israelense, foram confirmadas pelas autoridades dos respectivos países, segundo uma contagem da AFP.

Veja abaixo a lista de vítimas estrangeiras em Israel, segundo as últimas informações atualizadas nesta quinta-feira.

– França, Tailândia e Estados Unidos, os países mais afetados –

Trinta e cinco franceses morreram, anunciou na quarta-feira o presidente Emmanuel Macron, afirmando que nove cidadãos franceses ou franco-israelenses estão na lista dos sequestrados.

Além disso, 33 tailandeses também morreram e 18 foram sequestrados, segundo novo relatório desta quinta-feira do governo da Tailândia.

Os Estados Unidos lamentam 31 mortes e outros treze cidadãos desaparecidos, segundo a Casa Branca. O presidente Joe Biden informou que há americanos entre os reféns do Hamas.

Uma mulher americana e sua filha foram libertadas na sexta-feira.

– Muitas vítimas de Rússia e Ucrânia –

Vinte e um ucranianos morreram, segundo Kiev, que também reportou uma pessoa desaparecida.

Dezenove russo-israelenses foram mortos, e outros dois são mantidos reféns pelo Hamas. Sete russos também estão desaparecidos.

– Do Nepal a Portugal, passando pelo Brasil –

Reino Unido: Pelo menos 12 britânicos morreram, e cinco estão desaparecidos, de acordo com um levantamento publicado na terça-feira (24) pelas autoridades.

Nepal: Dez nepaleses foram assassinados, segundo a embaixada do Nepal em Tel Aviv. E o contato foi “perdido” com outro.

Alemanha: Menos de dez alemães foram mortos, e há “um pequeno número de dois dígitos” de reféns.

Argentina: O número de mortos chega a nove, com 21 desaparecidos. Entre estes últimos estão dois irmãos, Iair e Eitan Horn, disse seu pai.

Canadá: Seis canadenses morreram e dois estão desaparecidos.

Portugal: quatro luso-israelenses morreram e quatro estão desaparecidos.

China: Quatro chineses morreram, outros dois estão desaparecidos.

Filipinas: Quatro filipinos morreram, incluindo uma mulher de 33 anos e um homem de 42 anos no ataque a um kibutz, assim como uma pessoa de 49 anos que participava de um festival de música. Dois filipinos também estão desaparecidos.

Romênia: Cinco romeno-israelenses, incluindo um soldado, morreram, e um foi tomado como refém.

Áustria: Quatro austro-israelenses morreram. Outro continua desaparecido.

Itália: Três ítalo-israelenses morreram, segundo Roma – um casal por volta dos 60 anos de idade e um cidadão de 29 anos que estava no festival de música atacado.

Belarus: Três bielorrussos morreram, e um está desaparecido.

Brasil: Morreram um homem e uma mulher brasileiro-israelenses, além de uma brasileira.

Peru: Três peruanos morreram, segundo a Chancelaria, que afirmou não haver cidadãos do país feitos reféns, conforme inicialmente indicado, uma vez que as autoridades descartaram que essas pessoas tivessem nacionalidade peruana.

África do Sul: Dois sul-africanos morreram.

Chile, Turquia, Espanha e Colômbia anunciaram a morte de um cidadão cada e que outro está desaparecido.

Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça disseram terem perdido um dos seus cidadãos. Não há relato de desaparecidos.

– Reféns ou pessoas desaparecidas –

México: um homem e uma mulher foram tomados como reféns.

A Hungria também reportou dois reféns, dois menores húngaro-israelenses.

Os Países Baixos informaram que um jovem de 18 anos sequestrado no kibutz de Beeri é refém do Hamas, e o Uruguai confirmou que uma cidadã uruguaio-israelense de 29 anos foi sequestrada no kibutz de Nir Oz.

Segundo fontes oficiais, os seguintes países também relatam pessoas desaparecidas: Paraguai (dois), Tanzânia (dois) e Sri Lanka (dois).

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