CIDADE DO VATICANO, 6 MAI (ANSA) – Uma associação italiana de sobreviventes de abuso sexual clerical alertou nesta terça-feira (6) que ainda existe uma espécie de “lei do silêncio” no país contra religiosos que cometeram assédios.
A Rete L’Abuso, citando o banco de dados “Spotlight on Italian Survivors”, informou que atualmente cerca de 3,2% dos clérigos são pedófilos. Além disso, a entidade mencionou que “há um enorme problema de omertà”, uma espécie de “voto de silêncio”.
A rede italiana acrescentou que o falecido papa Francisco, morto no último dia 21, fez mais do que seus antecessores na crise de abusos sexuais que abalou a Igreja Católica. No entanto, a associação defendeu que ainda muito pouco foi feito em relação ao problema.
“Existem enormes lacunas legislativas na Itália; por exemplo, não há obrigação de denunciar enquanto as hierarquias não respeitam de forma alguma os apelos de Francisco [contra a pedofilia]”, declarou o presidente da Rete L’Abuso, Francesco Zanardi, em uma coletiva de imprensa promovida pelas famílias das vítimas de padres pedófilos às vésperas do conclave para escolher o sucessor de Jorge Bergoglio. (ANSA).