Vítima de violência sexual de grupo praticada pelo jogador Robinho, a mulher violentada pelo atleta espera que ele cumpra a pena de nove anos de prisão. As informações são do UOL.

Através de seu advogado, Giaccobo Gnocchi, a vítima defendeu o cumprimento da pena por violência sexual de grupo, seja no Brasil ou na Itália. Mesmo condenado pela Justiça italiana, Robinho dificilmente cumprirá a pena no país europeu, uma vez que a Constituição veta a extradição de brasileiros.

“Se o culpado estivesse na Itália, seria emitida uma ordem de prisão e a pena seria executada, o problema é que quem foi declarado culpado não está na Itália e não é cidadão italiano. Está no Brasil, e é cidadão brasileiro”, disse Giaccobo, em entrevista ao Fantástico.

“Não é um problema de extradição. Se houver extradição, está muito bem, mas se a pena for cumprida no Brasil, está bem também”, completou.

De acordo com Gnocchi, a vítima esteve presente na audiência na Corte de Cassação de Roma, e se emocionou ao acompanhar a Justiça sendo feita. “A vitima estava presente, assistiu a audiência e depois que ouvimos à decisão, ela não fez nenhuma declaração. Obviamente estava emocionada, pois se tratava da última fase de um processo no qual ela foi a vítima. Ela quer seguir adiante com a sua vida, tranquila. Nunca foi uma questão de indenização, de dinheiro, mas sim de ver a lei aplicada por causa da violência sofrida”, contou o defensor.

No fim de seu relato, o advogado deixou um recado para as mulheres brasileiras e uma mensagem apoiando a denúncia de casos como o de sua cliente. “A mensagem é sempre denunciar. Apesar das dificuldades de cada país, e das diferentes situações, a lei existe. O silencio não ajuda ninguém. No silêncio, a violência fica escondida. Portanto, é preciso denunciar”, concluiu.