Uma jovem, hoje com 25 anos, procurou o Centro Espírita Ilê Adora Oboluae Ajubero, em Senador Vasconcelos, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, em 2019. Ela queria contato espiritual com a avó, que a criou junto com a sua mãe e havia morrido um ano antes. No local, ela foi recebida pelo pai de santo Mário Luiz da Silva, conhecido como Pai Mário, 53.
Após uma festa religiosa, meses depois, a jovem afirma que Pai Mário tentou acariciá-la a força e tentado sexo sem consentimento. Com medo, ela decidiu que nunca mais voltaria para o terreiro. Ela não foi a única que deixou de frequentar o templo por esse motivo: o líder espiritual é acusado de ter feito outras vítimas de estupro e estupro de vulnerável.
As mulheres, que têm entre 18 e 40 anos, disseram na delegacia que Pai Mario se utilizava das festas e dos banhos de piscina para abusar das frequentadoras do centro. Ele usava como desculpa a ideia de que realizava uma limpeza nas vítimas e que os espíritos não viam os toques que realizava como sendo de cunho sexual. O pai de santo está preso temporariamente desde domingo (23).