Dois monges foram mortos e dois outros feridos no sul da Tailândia, em uma rebelião separatista muçulmana, informou a polícia neste sábado.

Na noite de sexta-feira, um número indeterminado de homens armados vestidos de preto entrou no templo de Rattanaupap, no distrito de Sungai Padi, perto da fronteira com a Malásia, afirmou coronel Pakdi Preechachon, diretor da delegacia de Sungai Padi

“Os atacantes usaram fuzis nos ataques”, acrescentou.

Um imã foi morto em 11 de janeiro na mesma região do país, disse a polícia, sem especificar se essa morte e o ataque ao templo poderiam estar relacionados.

Enquanto isso, medidas de segurança complementares serão ordenadas para os dirigentes pela comunidade muçulmana na região.

Além disso, as autoridades pediram aos monges que parassem de mendigar nas três províncias do sul.

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Prayut Chan-O-Cha, chefe da junta militar, no poder desde 2014, condenou os ataques e exigiu que os responsáveis fossem “punidos”, dizendo que seu governo “faria todo o possível para proteger o país e sua população”.

Desde 2004, a Tailândia, em sua maioria budista, é palco de uma insurreição separatista em várias províncias de maioria muçulmana, na fronteira com a Malásia.

O conflito deixou cerca de 7.000 mortos, a maioria civis.

Nos últimos dias, a violência se intensificou. Na sexta-feira, dois ataques deixaram quatro feridos e um separatista foi morto em confrontos diferentes, segundo fontes policiais e militares.

Em 10 de janeiro, quatro soldados do exército foram mortos em frente a uma escola.

O Barisan Revolusi Nasional (BRN), o principal grupo rebelde, prometeu “continuar lutando” em uma declaração incomum, datada de 4 de janeiro.


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