18/09/2016 - 9:35
Os confrontos voltaram a ocorrer neste fim de semana pelo controle de cruciais portos de exportação de petróleo no leste da Líbia, afirmaram autoridades do país. Com isso, foi atrasado um embarque da commodity e também fica patente a natureza frágil dos planos do país de impulsionar as exportações.
As Guardas das Instalações de Petróleo, milícia que até este mês havia controlado os portos petrolíferos da Líbia durante anos, após a queda e a morte em 2011 do ditador Muamar Kadafi, retomou brevemente na noite de sábado dois portos de petróleo, Sidra e Ras Lanuf, na costa central do país, segundo membros da milícia. O Exército Nacional Líbio forçou a saída dos milicianos neste domingo.
Operadores do setor de petróleo monitoram com atenção o quadro na Líbia, onde a produção agora está em cerca de 300 mil barris por dia. Autoridades líbias dizem que esse nível pode rapidamente ser elevado, caso os portos petrolíferos permaneçam abertos e seguros por um período prolongado. Em seu melhor momento, a Líbia produzia 1,6 milhão de barris por dia, mais de cinco vezes o patamar atual.
A violência atrasou o carregamento de um navio-tanque que seria o primeiro embarcado de Ras Lanuf desde o fim de 2014, segundo autoridades. Comandante do Exército Nacional Líbio, Muftah Mgerief disse que suas forças lutaram, com o apoio de ataques aéreos, para retomar Ras Lanuf e Sidra.
Desde a queda de Kadafi, milícias têm dividido a Líbia entre o leste e o oeste e buscam explorar as riquezas petrolíferas nacionais. Um governo de unidade em Trípoli e a estatal National Oil trabalham com o Exército Nacional Líbio para dar segurança aos portos e retomar as exportações de petróleo. Fonte: Dow Jones Newswires.