A era da paz na Suécia, do paraíso de segurança escandinavo, acabou. Ela se tornou um dos países com a maior taxa homicídios por arma de fogo na Europa, ficando atrás só da Albânia. Como comparação, a capital Estocolmo teve uma taxa 30 vezes maior do que Londres, por exemplo.

As mortes violentas estão ligadas a gangues, que controlam o mercado de drogas e aliciam jovens cada vez mais novos para o crime – algo difícil de imaginar na Escandinávia. A extrema direita culpa a imigração de muçulmanos, mas especialistas alertam que o problema é muito mais complicado.

A polícia sueca identificou uma série de áreas vulneráveis, com índices altos de pobreza e desemprego. Essas áreas representam 5% da população do país, mas estão ligadas à maioria dos casos de violência.

São áreas onde se concentram muitos imigrantes. Mas os estudos mostram que são os fatores socioeconômicos que aumentam os riscos de acabar na criminalidade, e não a origem de um jovem ou dos pais dele.

O governo conservador, que foi eleito no ano passado com apoio da extrema direita, tem endurecido as leis e chamou o Exército para ajudar a polícia.

Mas alguns especialistas em segurança dizem que a solução passa por resolver o problema de integração dos imigrantes à sociedade sueca e reduzir a desigualdade no país, que tem crescido.